Justiça aceita denúncia do MP contra mãe que confessou ter matado filho em Planalto

Justiça aceita denúncia do MP contra mãe que confessou ter matado filho em Planalto

Alexandra Salete Dougokenski tornou-se ré por homicídio quadruplamente qualificado

Correio do Povo

MP-RS encaminhou denúncia contra Alexandra pelos crimes de homicídio doloso, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual

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A denúncia protocolada pelo Ministério Público contra Alexandra Salete Dougokenski foi aceita, nesta segunda-feira, pelo Poder Judiciário. Alexandra tornou-se ré pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado cometido contra seu filho Rafael Mateus Winques, de 11 anos, na cidade de Planalto. As qualificadoras, segundo a denúncia, são motivo torpe, motivo fútil, asfixia e dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Alexandra também vai responder por outros três crimes: ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Em sua decisão, a juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, acompanhando o pedido da promotora de Planalto, Michele Dumke Kufner, converteu a prisão temporária em preventiva por considerar que o comportamento da denunciada “demonstra que as medidas cautelares diversas da prisão são ineficazes para garantir o normal funcionamento da Justiça através do processo”.

A magistrada indeferiu o pedido formulado pela defesa para transferir Alexandra para um estabelecimento prisional mais próximo da sua residência, ao qual o Ministério Público também havia se posicionado contrariamente.

“Das declarações prestadas na fase policial, após a localização do corpo da vítima, verifica-se que ocorreu uma ruptura dos vínculos familiares. Inclusive, quando Alexandra esteve na cidade de Planalto para reprodução simulada dos fatos as únicas pessoas que lhe visitaram foram o namorado e o seu filho mais velho. Diante desse contexto, indefiro o pedido de transferência formulado pela defesa de Alexandra Salete Dougokenski”, escreveu Marilene Parizotto Campagna. A juíza também fundamentou a negativa na incapacidade de os estabelecimentos da região de Planalto garantirem a integridade física da presa.


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