O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) manteve a condenação de um homem a 175 anos de prisão em regime fechado pela morte dos quatro filhos, ocorrida em Alvorada. A decisão, publicada em 30 de outubro, rejeitou o recurso da defesa, que pedia novo julgamento e questionava a dosimetria da pena.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) sustentou a validade da decisão do júri, realizado em maio, que reconheceu a autoria e a materialidade dos crimes com base em provas técnicas e testemunhais.
Conforme o acórdão, os homicídios foram cometidos de forma cruel e com recurso que dificultou a defesa das vítimas — Yasmin (11 anos), Donavan (8 anos), Giovanna (6 anos) e Kimberlly (3 anos). Três das crianças foram mortas a facadas, e uma, por asfixia, dentro da casa da família, no Bairro Piratini.
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O documento também destacou que o pai era o responsável direto pelos cuidados dos filhos e, mesmo assim, agiu com extrema violência. Laudos técnicos apontaram traços de personalidade manipuladora e dissimulada no réu.
A Justiça manteve a pena com base na gravidade dos fatos, nas circunstâncias desfavoráveis e na correta aplicação das agravantes. O condenado segue preso e não poderá recorrer em liberdade. A sentença é uma das mais severas já aplicadas pela Justiça gaúcha.