MP denuncia médico anestesista por estupro de vulnerável no Rio

MP denuncia médico anestesista por estupro de vulnerável no Rio

Giovanni Quintella Bezerra está preso preventivamente após ter sido filmado violentando uma paciente sedada durante o parto 

R7

Anestesista foi preso em flagrante em hospital

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O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi denunciado pelo MP-RJ (Ministério Púbico do Rio de Janeiro) pelo crime de estupro de vulnerável nesta sexta-feira. Ele foi preso após ter sido flagrado abusando sexualmente de paciente, no último dia 10, que estava sedada durante o parto cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 

A 2ª Promotoria de Justiça Criminal de São João de Meriti ressaltou que os crimes foram cometidos contra mulher grávida e com violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista.

O MP pediu à Justiça que o processo fique sob sigilo a fim de preservar e resguardar a imagem da vítima. Além disso, a Promotoria defende uma indenização, em valor não inferior a 10 salários mínimos, devido aos prejuízos de ordem moral causados à paciente em decorrência da conduta de Giovanni.

De acordo com a denúncia, o crime foi filmado pela equipe de enfermagem Após conseguir a gravação, os funcionários comunicaram imediatamente os fatos à chefia do Hospital da Mulher Heloneida Studart, que acionou a Polícia Civil. Os agentes prenderam em flagrante o anestesista e o conduziram à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de São João de Meriti)

Para o MP, Giovanni Quintella Bezerra agiu de "forma livre e consciente, com vontade de satisfazer a sua lascívia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, parturiente impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada". 

A denúncia sustenta, ainda, que ele "abusou da relação de confiança que a vítima mantinha com ele, posto que, se valendo da condição de médico anestesista, aproveitou-se da autoridade/poder que exercia sobre ela, ao aplicar-lhe substância de efeito sedativo".

Giovanni Quintella Bezerra está preso preventivamente em uma cela individual em Bangu 8, na zona oeste do Rio. A defesa dele não foi localizada pelo R7, após o advogado Hugo Novais deixar o caso. 

A Polícia Civil ainda investiga se outras mulheres foram vítimas do anestesista. Ao menos outras duas que foram atendidas no mesmo dia por Giovanni são consideradas possíveis vítimas. A delegada Bárbara Lomba já identificou cerca de 30 pacientes que terão os casos analisados.  


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