Quem são os líderes da Família do Sul, nova facção alvo da Polícia Civil em Porto Alegre
Reportagem apurou que detentos e foragidos são investigados na Operação Senhores do Altomonte
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A Operação Senhores do Altomonte, deflagrada nesta quinta-feira para desarticular a união entre traficantes em Porto Alegre, prendeu 63 pessoas. Segundo a Polícia Civil, os criminosos formaram uma organização chamada 'Família do Sul', com o objetivo de dominar pontos de tráfico.
O Correio do Povo apurou que os líderes da nova facção foram alvo de mandados de prisão preventiva, mesmo com a maior parte deles já cumprindo pena no sistema prisional.
Lideranças da Família do Sul
Nego Jackson: cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Acumulando mais de 37 anos de condenações, o chefe do tráfico no bairro Vila Jardim seria o principal articulador da Família do Sul. Foi capturado em 2017, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Investigado por envolvimento em ao menos 24 homicídios, ele chegou a ser transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, mas retornou para o Rio Grande do Sul em 2020.
Rodrigo das Correntes: Considerado liderança de uma facção com base no Vale do Sinos. Preso em outubro, após um ano na lista de procurados da Interpol, ele cumpre pena na Pasc. É investigado por coordenar a importação de maconha do Paraguai. O criminoso também comandaria a distribuição de crack e cocaína para municípios gaúchos, chegando a ser considerado o principal distribuidor de drogas em Eldorado do Sul, na região Metropolitana.
Nego André: outro apenado da Pasc. A mãe e a esposa dele foram presas temporariamente hoje, suspeitas de estarem repassando mensagens do líder a subordinados. É apontado como líder e fundador de uma organização criminosa com origem na Vila 27, na Vila Cruzeiro do Sul. Após ter concordado com a proposta da Família do Sul, ele rompeu com o grupo por discordar da participação de um antigo rival. Acabou sendo transferido para uma cela na ala de isolamento, onde permanece.
Milico ou Marlon da V7: transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em setembro do ano passado. Ele responde por 17 homicídios, organização criminosa, trafico de drogas e lavagem de dinheiro. É uma das lideranças da facção da Vila 27.
Nego Leo: teve prisão decretada mas está foragido. Ele foi preso em agosto de 2021, na cidade paraguaia de Pedro Juan Cabalero. Chegou a cumprir pena na Pasc, mas teve a prisão preventiva revogada em março. Tido como braço direito de Nego Jackson.
Tita: foi preso nessa manhã no bairro São Geraldo, na zona Norte de Porto Alegre. Em 2018, foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró, mas retornou ao estado. Mesmo com condenações que ultrapassam 31 anos, ele cumpria pena através de monitoramento com tornozeleira eletrônica.
Chitos ou Chitão: cumpre pena na Penitenciária Estadual de Porto Alegre (Pepoa). É apontado como matador do grupo da Vila 27. Seria um dos homens de confiança de Nego André.
Fábio Rostão: apontado como gerente do tráfico na zona Sul. Foi preso hoje durante a operação.
Ninho: é alvo de mandado mas está foragido. Já foi considerado o assaltante de bancos mais procurado de Esteio.
Motor: Liderança do tráfico na zona Sul. Há 15 dias saiu da prisão em liberdade condicional. É considerado foragido.