Vídeos do caso João Alberto, morto em Porto Alegre

Vídeos do caso João Alberto, morto em Porto Alegre

Homem de 40 anos foi espancado até a morte por dois seguranças do hipermercado Carrefour 


Correio do Povo e R7

Morte de João Alberto mobilizou atos nessa sexta-feira na unidade do Carrefour na zona Norte

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Várias imagens do caso que envolve a morte de João Alberto Freitas, espancado por dois seguranças no estacionamento do Carrefour, em Porto Alegre, foram divulgadas nos últimos. Neste sábado, a Record TV teve acesso ao vídeo que mostra o início da briga. 

O corpo de João Alberto, de 40 anos, foi velado e sepultado no cemitério São João, próximo ao supermercado onde o crime aconteceu. Os familiares e amigos presentes no enterro pediram justiça pela morte. 

Família

"O que eu espero com o caso do meu filho é que as pessoas aprendam a ter educação e respeito pelo próximo, independente de quem seja essa pessoa. Indepedente da cor, da situação social. Que as pessoas respeitem a vida. O meu filho precisou morrer, mas afinal de contas, isso pode servir de exemplo", disse João Batista, 65, pai de João Alberto, durante o velório do filho, à Record TV.

Os dois seguranças envolvidos na agressão tiveram prisões preventivas decretadas na tarde dessa sexta-feira. Eles haviam sido detidos em flagrante, mas a prisão foi convertida pelo juiz plantonista do Foro Central de Porto Alegre, Cristiano Vilhalva Flores. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. De acordo com o Instituto-Geral de Perícios, análises iniciais apontam que possivelmente a vítima morreu por asfixia.

A morte de João Alberto, na véspera do Dia da Consciência Negra, provocou protestos em Porto e outras cidades brasileiras nessa sexta-feira. Na capital gaúcha, o ato ocorreu no Carrefour, da Zona Norte, que começou de forma pacífica, mas terminou com confronto entre manifestantes e Brigada Militar (BM). 

O crime também provocou mobilizações nas redes sociais, onde diversas personalidades, autoridades e políticos se manifestaram a respeito. Assim como o próprio Carrefour, que divulgou uma nota, onde considerou o ato cometido pelos seguranças como criminoso. O CEO Global do hipermercado, o francês Alexandre Bompard, afirmou que a empresa "não compactua com racismo e violência" e que pediu ao Grupo Carrefour Brasil que "seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância". 


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