A base aliada de Sebastião Melo protocolou, neste domingo, um requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tumulto que ocorreu no Legislativo na última quarta-feira, dia 15 de outubro. Na ocasião, manifestantes e parlamentares da oposição entraram em conflito com a Guarda Municipal, que respondeu com violência. Cinco vereadores e um deputado estadual foram feridos. De autoria de Mariana Lescano (PP), o documento conta com 13 assinaturas até a publicação desta matéria e aguarda o parecer da procuradoria da Casa.
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“Queremos saber quem são os responsáveis pelo dano ao patrimônio público e pelas agressões aos guardas municipais dessa Casa”, disse Lescano. De acordo com a progressista, o objetivo é inquerir a origem do tumulto e penalizar os envolvidos. Na sessão plenária desta segunda-feira, a vereadora anunciou que presidirá a comissão. “O foco (da CPI) não é a ação dos guardas municipais, e sim dos manifestantes e vereadores”.
A oposição assumiu postura crítica à iniciativa. “Não houve invasão nenhuma. Isso é ridículo”, afirmou Pedro Ruas, líder do PSol na Câmara. Para ele, trata-se de um movimento exclusivamente político, que aborda de forma enviesada as agressões ocorridas na semana passada. “Essa é a casa do povo. O que precisamos saber é o porquê que houve violência”.