Cinco ministros do STF votam para tornar réus 100 denunciados por atos extremistas em Brasília

Cinco ministros do STF votam para tornar réus 100 denunciados por atos extremistas em Brasília

Julgamento começou nesta terça-feira no plenário virtual e continuará até a próxima segunda

R7

Liminar da ministra Carmen Lúcia suspendeu temporariamente os novos critérios para a divisão desses recursos

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A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia acompanhou o ministro Alexandre de Moraes e votou para que os 100 primeiros denunciados pelos atos extremistas de 8 de janeiro, em Brasília, se tornem réus. Os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin também já haviam seguido o voto de Moraes. No fim da noite, Gilmar Mendes proferiu o quinto voto favorável ao relator.

O julgamento começou nesta terça-feira no plenário virtual e continuará até a próxima segunda. No plenário virtual, os ministros apenas apresentam os votos, sem discussão. Se houver pedido de vista (mais tempo para avaliar o caso), o julgamento é suspenso. Caso ocorra um pedido de destaque (interrupção do julgamento), a decisão será levada ao plenário físico.

As denúncias fazem parte de vários inquéritos que tramitam na corte. Em um deles, há investigação sobre o planejamento e a responsabilidade intelectual dos atos. Outro investiga os participantes da invasão que não foram presos em flagrante durante os atos que resultaram na depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.

Assim como Toffoli e Fachin, a ministra Cármen Lúcia também não apresentou voto, apenas deixou no sistema de votos que acompanhava o relator. Já Moraes, nos votos, afirmou que “tanto são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo”. Moraes disse ainda que “a liberdade de expressão e o pluralismo de ideias são valores estruturantes do sistema democrático, merecendo a devida proteção”.

100 dias

Nesta terça-feira, os atos extremistas completaram cem dias com um prejuízo material de R$ 20,7 milhões. Das 1.390 pessoas que foram presas, 294 seguem em cárcere privado, sendo 208 homens e 86 mulheres.


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