Correio do Povo é reconhecido em premiação nacional de jornalismo do Judiciário
Projeto “As Memórias de 1988 – Os 35 Anos da Constituição” ficou em quinto lugar na primeira edição do Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário
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“As Memórias de 1988 – Os 35 Anos da Constituição” é o nome do projeto do Correio do Povo que foi reconhecido, na noite desta quarta-feira, no I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário – 35 anos da Constituição Cidadã. A série de reportagens de autoria de Mauren Xavier, Flávia Simões e Carlos Corrêa ficou em quinto lugar na categoria jornalismo escrito no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na premiação, que aconteceu na sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com a presença de dirigentes dos cinco mais altos tribunais do país, foi ressaltado o papel da Justiça, da imprensa e da liberdade de expressão para a vigência da democracia.
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso relembrou momentos da imprensa antes da promulgação da Constituição, no período do regime militar. “Ninguém me contou, eu estava lá e eu vi. Os jornais tinham censores dentro das redações que escolhiam os artigos e as matérias que podiam sair, e alguns jornais se viam na contingência de publicar receitas de bolo e poesias ou deixar espaços em brancos”, disse o ministro.
Ainda, Barroso comentou sobre o papel atual da comunicação e da imprensa profissional. “Nós nunca precisamos tanto no Brasil de imprensa como estamos agora. Aconteceu no Brasil um fenômeno que aconteceu em muitas partes do mundo, que nós ainda estamos tentando entender e enfrentar”, ponderou, referindo-se ao que chamou de revolução tecnológica. “Sem um controle editorial mínimo, o que temos hoje em dia é uma inundação do espaço público com desinformação, discursos de ódio, destruição de reputações e teorias conspiratórias”, argumentou.
Cármen Lúcia, ministra do STF e futura presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), corroborou com o discurso de Barroso e enfatizou o papel da imprensa nas eleições municipais deste ano. “Não há possibilidade de ter eleições livres, seguras e transparentes sem uma imprensa igualmente livre e responsável. Não há a menor possibilidade de quem é juiz eleitoral garantir que as eleições terão o sucesso que têm tido no Brasil sem a garantia da imprensa livre”, falou.
Concluindo, Cármem destacou que a importância do prêmio é o “reconhecimento de quem sempre ajuda os servidores públicos” e agradeceu os jornalistas presentes. “Eu tenho para mim que o serviço feito ao público pela imprensa é que faz com que tenhamos um bom terreno para fazer florescer a democracia no nosso país”, finalizou a ministra.
Trabalho premiado
O projeto “As Memórias de 1988 – Os 35 Anos da Constituição” buscou recontar o processo de elaboração da Carta Magna até os impactos nos dias atuais, principalmente pela garantia de direitos, além de destacar os desafios futuros.
Confira a premiação na íntegra:
