Cristiane Brasil se diz vítima de julgamento político e pede definição da posse
Deputada afirmou que vai continuar se esforçando para provar que não cometeu nenhuma ilicitude
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Há duas semanas, Cármen Lúcia acolheu, em regime de plantão do Judiciário, um pedido para que a posse de Cristiane Brasil não ocorresse, mesmo após autorização do Superior Tribunal de Justiça. A ministra deferiu parcialmente a liminar, suspendendo a investidura no cargo, até que novas informações sejam coletadas.
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"Não devo mais nada à Justiça Trabalhista. Estou sendo julgada política (politicamente), e não juridicamente. Tenho a ficha limpa. Mas, infelizmente, o meu julgamento superou essa esfera. Preciso que o STF decida essa questão, para que eu possa seguir minha vida política", pediu a deputada.
Indicada pelo presidente Michel Temer há pouco mais de um mês para o cargo, Cristiane Brasil não tomou posse até hoje devido a uma série de decisões liminares, da primeira e segunda instâncias. O Judiciário foi provocado por uma ação popular de três advogados que questionam se Cristiane Brasil tem moral para assumir o ministério após ter sido condenada pela Justiça do Trabalho devido a impasses com um funcionário.
Por meio do Twitter, o pai da deputada, Roberto Jefferson, que é o presidente do PTB, disse que a posse de Cristiane é legítima. "Por que destruir a vida política promissora de uma pessoa dedicada em tudo que faz e que está preparada para exercer o cargo de ministra?", escreveu Jefferson, durante o fim de semana.
Nesta segunda-feira, Jefferson compartilhou uma reportagem em que a maioria dos deputados petebistas afirmam que o Palácio do Planalto tem de insistir na posse. Mais cedo, o secretário de Governo, ministro Carlos Marun, reafirmou que o governo não vai recuar da disposição de defender a nomeação de Cristiane Brasil para o posto.