Dias Toffoli autoriza Rodrigo Tacla Duran a falar em audiência na Câmara sobre suposta extorsão

Dias Toffoli autoriza Rodrigo Tacla Duran a falar em audiência na Câmara sobre suposta extorsão

Acusado de lavagem de dinheiro, Tacla Duran citou Sergio Moro e Deltan Dallagnol em caso de extorsão na Lava Jato

R7

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o advogado Rodrigo Tacla Duran participe de audiência pública da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para esclarecer denúncias de extorsão na operação Lava Jato. A reunião está marcada para 19 de junho. Toffoli concedeu um habeas corpus preventivo. 

O pedido para que Tacla Duran participe da audiência foi feito pela própria Câmara ao STF. Segundo a Câmara, Tacla Duran revelou ter sido alvo de extorsão na operação, tendo pago a advogados que teriam influência junto ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para impedir a decretação de prisão dele. 

"Assim, diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada 'imunidade', a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao Parlamento, penso que não há outra alternativa senão a concessão de salvo-conduto para esta finalidade, ficando prejudicado, por ora, o exame dos demais pedidos formulados pelo requerente quanto à sua situação processual", disse. 

O ministro determinou ainda que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal adotem as medidas necessárias a fim de garantir a segurança e o livre trânsito do requerente no ingresso, na permanência e na saída do país em razão do depoimento a ser prestado à Câmara dos Deputados.

Suspensão

Em 23 de maio, o ministro Dias Toffoli determinou o encaminhamento, para seu gabinete, de duas ações penais contra o advogado Rodrigo Tacla Duran que tramitam na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.

O ministro também determinou que a vara permaneça sem que seja proferida nenhuma decisão. Em março, o então ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a ação penal. Agora, Toffoli diz que houve um descumprimento da decisão. Na prática, seria uma "suspensão" do processo enquanto ele se coloca a par dos processos.

"Ressalto, inicialmente, que os documentos e as informações requeridos quanto ao descumprimento da determinação de suspensão dos feitos estão sendo encaminhadas pelo juízo de primeiro grau, bem como pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e serão analisados com a devida prudência", afirmou. 


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