Último dia do horário eleitoral em rádio e TV tem propostas, críticas e convite aos eleitores

Assim como no decorrer da campanha do segundo turno, Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) apostaram em diferentes estratégias no último programa eleitoral antes do segundo turno. Enquanto o liberal buscou relacionar a disputa nacional com a local, o tucano tentou fortalecer a independência da eleição estadual. Nos últimos cinco minutos disponíveis nas telas dos gaúchos, Onyx e Leite aproveitaram para apresentar suas principais propostas, criticar o adversário e motivar os eleitores, em tom emocional, a irem às urnas. 

"A melhor mudança é não interromper o que está mudando", diz Leite nos primeiros momentos da inserção, fortalecendo a mensagem de que é preciso dar continuidade a sua gestão. O tucano falou em futuro e propôs mudanças, sem especificar, na saúde, educação, segurança e emprego. A propaganda também buscou apresentar uma imagem de Leite como um candidato humilde e aberto ao diálogo. "É o mesmo (Leite) sendo prefeito com o PT na presidência ou governador com o (Jair) Bolsonaro presidente". 

As críticas ao seu adversário apareceram em dois momentos: primeiro, partiram do vice. Em inserção, Gabriel Souza (MDB) afirmou que Onyx "ao atacar o Eduardo, ataca também o governo Sartori", afirmou que o seu adversário "não reconhece o trabalho dos servidores" e criticou os posicionamentos de Onyx em relação a pandemia. 

A última crítica ficou reservada para os minutos finais. A propaganda utilizou um trecho do debate realizado nesta quinta-feira, em que Onyx afirmou que "a melhor vacina é pegar a doença, todo mundo sabe disso", onde candidato se referia ao fato de não ter se vacinado contra a Covid-19. Além de classificar a fala como "desumana, insensível e cruel", os últimos segundos da propaganda do tucano apresentaram a seguinte mensagem: "Nossa solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos na pandemia, no Rio Grande e no Brasil". 

Em relação as propostas apresentadas pela campanha, são as mesmas já vinham sendo utilizandas na propaganda eleitoral, como a implementação do turno integral em 50% das escolas de ensino médio; a implementação do sistema de agendamento e busca ativa de doenças por região e ampliação do chamamento de policiais. 

Enquanto isso, a propaganda de Onyx utilizou um tom emocional logo de início, ao exaltar o povo gaúcho. "Nunca fugimos da luta e não renunciamos a nossa terra". Ao eleitor, Onyx afirmou que essa é "a eleição mais importante da nossa história", e apresentou duas opções: "seguir o mesmo rumo do Brasil, com desenvolvimento" ou "andar para trás". Em crítica clara a Eduardo Leite, acusou seu adversário de estar aliado à esquerda e ao PT, "de quem sempre se disse crítico", a favor de um "projeto de poder". 

Mais de uma vez, reforçou sua aliança com Bolsonaro e a gestão federal, além dos ideias semelhantes à ambos, como "Deus, família, liberdade e pátria". O presidente também apareceu durante a propaganda, ao lado de Denise, esposa de Onyx, em inserção já antes utilizada. Durante sua fala, diz que Onyx foi o primeiro deputado ao seu lado e que "todas as missões que teve, cumpriu com muita galhardia". 

A propaganda também apresentou medidas do plano de governo do candidato do PL, como a criação de clinicas de especialidade em todo o Estado; a criação do programa estadual de irrigação; o combate ao crime organizado com presídios de segurança máxima; a criação do 'Auxílio RS' como um complemento de renda; a implementação de escolas tempo integral e cívico militares e a regularização de propriedades sem escrituras. 

No rádio, Leite adota outra prática, Onyx matém tom emocional. 

Os últimos programas no rádio, contudo, foram diferentes. Leite aproveitou boa parte dos minutos disponíveis para detalhar as denúncias de 'caixa dois' do adversário. Enquanto isso, Onyx apelou pro tom sentimental, para o orgulho gaúcho e sua relação com Boslonaro.