Último dia do programa eleitoral dos presidenciáveis tem emoção e críticas

Último dia do programa eleitoral dos presidenciáveis tem emoção e críticas

Fora da polarização, candidatos apresentaram mensagem de renovação

Correio do Povo

Campanha eleitoral inicia nesta terça-feira, dia 16

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O último programa eleitoral dos presidenciáveis antes do primeiro turno, veiculado no início da tarde, não trouxe grandes novidades aos espectadores. Protagonizando a polarização e com mais tempo disponível, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e o ex-presidente Lula (PT) investiram em formatos diferentes. Enquanto o primeiro apostou em um tom mais combativo, sem citar o oponente, o segundo apelou para uma mensagem motivacional. Demais candidatos trouxeram em uma mensagem de "renovação". Algumas das inserções já eram conhecidas dos telespectadores. 

Em caso de segundo turno, o horário eleitoral gratuito retoma em 7 de outubro, e vai até 28 dois dias antes do pleito.

Confira, a seguir, um resumo de cada programa, por ordem de reprodução: 

Padre Kelmon, candidato do PTB que substituiu Roberto Jefferson após o indeferimento da sua candidatura pela Justiça Eleitoral, agradeceu ao carinho do eleitor, pediu votos para a direita e reforçou que seu partido como o “único 100% conversador”.

A candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, apostou no formato de conversa com o eleitor. Reapresentou sua história e trajetória, falou sobre seus aprendizados e agradeceu aos apoiadores. Senadora eleita em 2018, ela reafirmou seu compromisso com os brasileiros: “seguirei sempre fazendo o que é certo”. Se apresentando como opção, a candidata “alertou” os eleitores sobre um possível risco à democracia e à liberdade em um possível governo autoritário, citando, também, um "medo de voltar ao passado”. Pediu que o eleitor votasse “com a verdade” e reforçou seu número.

O candidato Felipe D’Avila (Novo), cujo tempo de inserção é o menor, aproveitou os segundos para reforçar que o pleito deste ano seria a luta “do bem contra o mal”, se apresentando como “melhor opção”. 

A inserção do candidato do PT, Lula, iniciou em formato de narração, trazendo mensagem sobre respeito e convocando os eleitores a votarem como uma forma capaz de trazer mudança e esperança. Em formato de conversa com o eleitor, o ex-presidente afirmou “não ter espaço para o ódio”, falou em fim da violência e intolerância e reforçou a importância do voto no domingo. “Naquele momento, você é a pessoa mais importante daquele país”, disse. O programa contou com um poema falado e escrito por Bráulio Bessa. 

O programa da candidata do MDB, Simone Tebet, mesclou inserções da candidata e de apoiadores falando sobre a polarização e os males da divisão da política, apresentando a candidata como “diferente” e uma opção entre “duas ruins”. A candidata focou no voto feminino, afirmando que “o Brasil precisa da alma de uma mulher”. A inserção contou com jingle que fala sobre esperança, união e rejeita o “passado e presente”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) também apostou em inserções com apoiadores elogiando ele e sua gestão. Em formato de conversa, fez críticas a Lula. Reforçou sua a imagem de “homem comum” e falou sobre seus feitos durante os últimos quatro anos, como a última baixa no preço da gasolina, o aumento do Auxílio Brasil e a criação do pix. Reiterou, mais de uma vez, o lema da sua campanha focando em “Deus, pátria, família e liberdade”. Após mensagem, uma narração – com hino do Brasil ao fundo – focava na mensagem do “futuro vencer o passado

O candidato do PDT, Ciro Gomes, também aproveitou o último dia para conversar com eleitor e “alertar” sobre os riscos de votar no passado – em crítica à Lula – e no presente – em crítica a Bolsonaro. “É votar no ruim contra o pior”, afirmou o candidato. Pediu ainda voto de “coragem para libertar” os brasileiros.

 


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