Após receber apoio, Bolsonaro diz que quer conversar com Dallagnol

Após receber apoio, Bolsonaro diz que quer conversar com Dallagnol

Deputado federal mais votado do Paraná, com 344.917 votos, ex-coordenador da Lava Jato fez aceno ao presidente

R7

Deltan Dallagnol foi criticado por manifestantes em palestra em Porto Alegre

publicidade

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), contou, nesta sexta-feira, que conversará com o deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR), sobre o segundo turno das eleições.

"Se o Dallagnol, como já publicamente abriu seu voto, fiquei muito feliz, pretendo conversar com ele – coisa que nunca aconteceu entre nós", disse Bolsonaro em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada.

Na última segunda-feira, o ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato e deputado federal mais votado do Paraná, com 344.917 votos, Dallagnol declarou apoio à candidatura pela reeleição do presidente. O segundo turno irá ocorrer no dia 30 de outubro e será entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram, Dallagnol agradeceu aos eleitores paranaenses que o elegeram e anunciou que faria oposição à candidatura do petista por sete motivos. "Corruptos, vocês não vencerão. Eu agora vou fazer oposição à candidatura do Lula ou ao seu governo por sete razões: mensalão, petrolão, aumento da violência, saque às estatais, defesa da censura, apoio a ditaduras e a maior crise econômica da história".

Sergio Moro

Na sequência, citou o apoio que recebeu de Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de seu governo e agora senador eleito. "Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro", disse o ex-juiz nas redes sociais.

Durante conversa com os jornalistas, Bolsonaro comentou o episódio. "Se o [Sergio] Moro quiser conversar comigo, da minha parte há interesse, estamos à disposição. São duas pessoas que mostraram as entranhas do poder em Brasília, por ocasião da Lava Jato, conhece muito do que aconteceu da vida do ex-presidiário que quer voltar ao poder", afirmou.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895