Associação de prefeitos declara apoio a Bolsonaro no segundo turno

Associação de prefeitos declara apoio a Bolsonaro no segundo turno

Presidente conversou com 390 prefeitos nesta quarta-feira; eles entregaram documento com reivindicações

R7

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O presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), recebeu apoio para o segundo turno da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta quarta-feira (19). O anúncio ocorreu após reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, entre o chefe do Executivo federal e 390 prefeitos.

"Nós queremos expressar o reconhecimento por tudo que já foi conquistado nesse período pelo governo republicano do presidente Jair Bolsonaro, pela forma igualitária com que ele trata os municípios. Nós estamos aqui para chancelar o nosso apoio e o nosso reconhecimento a isso. Viva o Brasil", declarou o vice-presidente da CNM, Julvan Lacerda.

Bolsonaro agradeceu o gesto dos prefeitos e disse que "esse apoio e com toda certeza será decisivo para nossa reeleição".

Prefeitos entregam reivindicações

Durante a reunião com Bolsonaro, os prefeitos entregaram a carta do Movimento Municipalista, com demandas que visam o fortalecimento dos municípios brasileiros.

A carta aborda 15 tópicos e foi aprovada por mais de 500 gestores, que se reuniram na terça-feira (18), durante a mobilização organizada pela CNM. O documento também deve ser entregue ao adversário de Bolsonaro no segundo turno da disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — neste caso, ainda sem data.

"Propomos o compromisso e a determinação daqueles que estarão na liderança do país nos próximos quatro anos para a efetivação da garantia da proteção social, fortalecimento e desenvolvimento dos municípios", diz o documento, obtido pela reportagem.

Entre as estratégias apontadas no texto estão a discussão e a revisão do sistema federativo, em que o poder político e decisório fica concentrado na União, que propõe, regulamenta e implementa as políticas públicas que interferem nos municípios. Para tanto, pedem o comprometimento para ajustar equilibradamente a repartição da arrecadação tributária nacional e os encargos administrativos transferidos.

Na área da educação, o movimento pede a permissão para que estados e municípios participem de forma igualitária da formulação e da definição das políticas educacionais. A medida, dizem, se daria desde a sua concepção, instituindo mecanismos permanentes de financiamento da educação básica pública.

Já na área da saúde, os prefeitos reforçam a importância do estabelecimento do equilíbrio das competências federativas diante do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é a equidade na oferta, no financiamento e na gestão dos serviços públicos. Entre elas, a recomposição do orçamento e reajuste anual nos valores do cofinanciamento.


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