Candidatos ao governo do RS já gastaram R$ 16 milhões na campanha

Candidatos ao governo do RS já gastaram R$ 16 milhões na campanha

Divulgação de valores parciais é obrigatoriedade legal; outros R$ 4,5 milhões estão em despesas já contratadas

Felipe Nabinger

publicidade

Em um mês de campanha, os candidatos ao governo do RS já gastaram R$ 16 milhões em suas campanhas. Os valores estão na prestação de contas das candidaturas, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por lei, todos os candidatos, precisaram apresentar o registro parcial da movimentação financeira desde o primeiro dia da campanha entre os dias 9 e 13 deste mês, com a divulgação pela Justiça Eleitoral ocorrendo nesta quinta-feira.

O custo das campanhas tende a subir, já que a discriminação total das despesas será apresentada em até 30 dias após o primeiro turno, com o prazo ampliado àquelas candidaturas que forem ao segundo turno para 20 dias após a data do pleito. Além do que já pagaram, os dez candidatos ainda têm empenhado R$ 4,5 milhões, visto que o total de despesas contratadas é de R$ 20,5 milhões.

Cada candidato, no primeiro turno, tem como teto de gastos R$11.562.724,00 por candidato. Somente Onyx Lorenzoni (PL), até agora, ultrapassou metade deste valor. O candidato tem 52% do montante em despesas contratadas, ultrapassando os R$ 6 milhões.

Origem e destino dos valores

A origem dos valores, em sua maioria, vem do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) recebido pelas chapas. Somente dois candidatos apresentaram o empenho somente de recursos próprios ou oriundo de doações de pessoas físicas: Carlos Messalla (PCB), pois a executiva nacional da sigla teve acesso aos valores suspenso judicialmente, e Ricardo Jobim (Novo), já que a legenda, por opção, não utiliza o fundo. Roberto Argenta (PSC) tem menos de 0,2% oriundo do FEFC.

Quanto ao destino dos valores empenhados, na maior parte das candidaturas as maiores somas estão na produção de peças publicitárias para o horário eleitoral em rádio e TV. Apesar do avanço tecnológico e o encurtamento de distâncias trazido pela internet, a publicidade por material impresso representa mais de R$ 4 milhões nos lançamentos dos candidatos ao Piratini, mais que o impulsionamento em redes sociais, por exemplo.

Os candidatos e valores dispendidos para impulsionamento na internet podem ser conferidos aqui

Despesas por candidato

Onyx Lorenzoni (PL)Despesa contratada: R$ 6.004.518,25 / Despesa paga: R$ 5.920.638,32 – Cerca de R$ 2 milhões foram para a produção de programas, o equivalente a 36% das despesas, sendo outros 21% do total para material impresso.

Luis Carlos Heinze (PP)Despesa contratada R$ 5.214.069,32 / Despesa paga: R$ 2.603.460,08 – Mais de R$ 1,5 milhão foi empenhado na produção de peças para a propaganda eleitoral, sendo quase 30% do todo.

Roberto Argenta (PSC)Despesa contratada: R$ 4.493.569,89 / Despesa paga: R$ 3.089.640,49 – Quase 40% para impressão de material, mais de R$ 900 mil destinados para militância e mobilização de rua.

Edegar Pretto (PT)Despesa contratada: R$ 4.416.449,80 / Despesa paga: R$ 1.544.789,50 – Quase 60% do montante para empresas de comunicação responsáveis pelo planejamento da campanha, bem como a produção para rádio e TV

Vieira da Cunha (PDT) – Despesa contratada: R$ 3.536.308,63 / Despesa paga: R$ 1.689.915,50 – Quase 45% dos recursos para programas de rádio e TV.

Eduardo Leite (PSDB)Despesa contratada: R$ 918.960,00 / Despesa paga: R$ 918.960,00 – 94% para comunicação da campanha, com a produção de rádio e TV.

Vicente Bogo (PSB) Despesa contratada: R$ 258.300,00 / Despesa paga: R$ 250.800,00 – Mais de 75% para programas de rádio e TV, além da produção de jingles.

Ricardo Jobim (Novo) Despesa contratada: R$ 97.927,19 / Despesa paga: R$ 60.468,59 – Mais de 60% destinados a impressão de material.

Rejane de Oliveira (PSTU) Despesa contratada: 41.000,00 / Despesa paga: R$ 18.250,00 – 34% para material impresso, 24% em serviços jurídicos.

Carlos Messalla (PCB)Despesa contratada: 1.850,00 / Despesa paga: 1.850,00 – tudo para impressão de material de campanha.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895