Ciro cita propostas educacionais em agenda voltada ao ensino superior

Ciro cita propostas educacionais em agenda voltada ao ensino superior

Candidato do PDT à Presidência participou de reunião com reitores de universidades em evento na UnB

R7

Ciro Gomes foi diagnosticado com a doença na semana passada

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O presidenciável Ciro Gomes (PDT) teve agendas voltadas ao ensino superior nesta sexta-feira, quando participou de dois eventos em Brasília. No primeiro compromisso, ele discursou e respondeu a questionamentos de reitores na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Às 11h, o candidato falou na 74ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na Universidade de Brasília (UnB), que nessa quinta-feira recebeu Lula. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi convidado a falar na universidade, mas ainda não respondeu ao convite.  

Os discursos tiveram como base ações econômicas e políticas públicas que poderiam favorecer o cenário educacional no país. Ciro afirmou que acredita na "centralidade da universidade para mudar a realidade trágica de hoje" e prometeu que faria um governo em que "se tem um centavo, ele vai ser aplicado em educação".

Ciro Gomes ressaltou ainda os trabalhos pedagógicos realizados no Ceará, estado que governou entre 1991 e 1994. "Temos hoje 82 das 100 melhores escolas básicas do Brasil no Ceará, um dos estados mais pobres do país. [...] Cada escola tem um projeto pedagógico com metas objetivas e avaliação individualizada aluno por aluno", afirmou.

Ciro pontuou que o estado alterou a distribuição de ICMS, fazendo com que os municípios recebam mais recursos ao produzirem mais resultados. "É um adicional, se ele cumprir metas oficialmente avaliadas, como Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), por exemplo, recebe adicional de financiamento. Os municípios começaram a brigar", comentou.

Segundo o presidenciável, as políticas implementadas por ele no Ceará podem ser aplicadas a nível nacional, respeitando a autonomia de cada região. Com relação às mudanças da pedagogia da época em que ele foi governador e o momento atual, Ciro fez uma avaliação de que hoje é necessário "trocar o paradigma pedagógico no Brasil".

"Essa escola do 'decoreba', do enciclopedismo (movimento originado do Iluminismo que buscava catalogar todo o conhecimento humano) raso que é do século 19, o Fordismo (modo de produção em massa elaborado por Henry Ford) do século 20, não serve mais nada em tempos de Google. As crianças têm que saber trabalhar em time, saber perguntar, associar informações que existem no Google e inovar, criar uma informação nova". 

Citando o Projeto Nacional de Desenvolvimento, documento em que ele elenca as propostas ao país, Ciro Gomes avaliou que há hoje uma necessidade de outra alternativa de modelo econômico e político. Ele criticou opositores, como Lula e Bolsonaro, além do ministro da Economia Paulo Guedes.

Sobre democracia, o candidato do PDT chegou a dizer que o atual presidente tem "arroubos golpistas", mas que não tem condição prática para isso. "Ele não tem militares, ambiente internacional... Vocês estão vendo os manifestos pela democracia". 


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