Com o fim das convenções, presidentes partidários do RS começam a colocar estratégias eleitorais em prática

Com o fim das convenções, presidentes partidários do RS começam a colocar estratégias eleitorais em prática

Comandantes estaduais do PT, PDT e Novo participaram do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira; os três partidos têm majoritárias em Porto Alegre

Rafael Renkovski

Presidentes estaduais do PT, PDT e Novo participaram do Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira

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Com o fim do período das convenções partidárias se aproximando nesta segunda-feira, os candidatos começam a afinar as suas estratégias que serão colocadas em prática durante a campanha eleitoral, que se inicia no dia 16 de agosto.

Inevitavelmente, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano serão o foco principal dos debates das candidaturas em Porto Alegre, como detalharam três presidentes estaduais de partidos com representantes na majoritária da Capital durante o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

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A aliança construída pelo PDT com outros dois partidos, União Brasil, que compõem com o vice Thiago Duarte na chapa de Juliana Brizola, e o PSDB, é a mais ampla ideologicamente das apresentadas. “O desafio é se afastar dos polos”, sendo necessária “estruturação política”, falou o presidente estadual Romildo Bolzan Júnior. Sobre as coligações que impulsionaram a candidatura de Brizola à prefeitura da Capital, Bolzan defendeu que “é possível fazer coligações desde que tudo seja democrático e cristalino para que a população possa fazer o seu julgamento”.

Na tentativa de se isolar da polarização prevista no duelo entre o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) e a candidata do PT, deputada federal Maria do Rosário, o pedetista diz que a abordagem para tratar a questão das emergências climáticas será sobre a “rotina de prevenção” e, posteriormente, “manutenção” das ações realizadas.

Discorda de Bolzan o presidente estadual do Novo, Marcelo Slaviero, que em Porto Alegre será representado na majoritária pelo deputado estadual Felipe Camozzato. Para ele, “a coligação não é uma regra, mas uma exceção para ganhar eleição”, que “se desfaz durante o governo”. A chapa do partido será pura com a filiada Raqueli Baumbach, empresária, na vice.

Ao que tudo indica, quando se tratar dos impactos das enchentes, o Novo fará cobranças aos governos municipal, mas principalmente estadual e federal sobre os “resultados que não vêm”. Foi assim que Slaviero argumentou sobre os recursos federais aos atingidos no Rio Grande do Sul. “A comunidade está tentando resolver o que o Estado não consegue. (O governo) não entrega o que promete”, disse.

Enquanto o Novo defende a pouca interferência estatal, o PT percorre o caminho inverso. “Um país com tantas desigualdades precisa de um Estado forte”, comentou a presidente estadual do partido, Juçara Dutra Vieira. Como um dos pontos principais que deve guiar o debate municipal do lado petista, ela cita a questão da habitação e das moradias para as famílias que convivem com perdas após as enchentes.

Muito presente no discurso de Juçara, as minorias sociais deverão ser parte atuante da campanha de Rosário. “Os movimentos (políticos e sociais) são um capital. Temos investido muito na questão das mulheres com 20 candidatas a prefeita em todo o Estado”, ressaltou. Com Maria do Rosário, Tamyres Filgueira (PSol), servidora pública, comporá a única chapa inteiramente feminina na Capital.

*Sob supervisão de Mauren Xavier


Correio do Povo
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