Corrupção não é a maior preocupação dos brasileiros, revela pesquisa

Corrupção não é a maior preocupação dos brasileiros, revela pesquisa

Saúde, educação e desemprego são os temas que mais preocupam os eleitores no momento; combate à corrupção está em 4º lugar

R7

Urna eletrônica que será usada nas eleições 2022

publicidade

O combate à corrupção não é visto como a principal prioridade para os brasileiros, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) divulgado nesta quinta-feira (25). Os temas mais relevantes no momento, segundo a pesquisa, são a saúde e a educação.

Para 26% dos entrevistados, a saúde pública deve ser a prioridade para a busca de soluções. 23% acreditam que deve ser a educação, e 13% citaram o desemprego. Em quarto lugar, com 11% das menções, apareceu o combate à corrupção.

A pesquisa foi feita com 1.600 pessoas entre 10 e 16 de junho. A margem de erro do levantamento é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Dos entrevistados, 56% eram mulheres e 44% homens, com média de idade entre 25 a 40 anos (38%). A maioria, 60%, também respondeu que pertence à classe C, ou seja, a famílias com renda domiciliar média entre R$ 1.748,59 e R$ 3.085,48.

O levantamento também analisou como os brasileiros lidam com situações de corrupção no dia a dia. Atitudes que parecem corruptas, mas que são socialmente aceitáveis, geralmente estão ligadas a algum tipo de ajuda ao próximo. Para 60% dos entrevistados, por exemplo, é aceitável um fiscal de trânsito relaxar a multa a um motorista que está transportando uma pessoa doente ou uma mulher em trabalho de parto. Para 23%, essa atitude não é aceitável. Os 17% restantes responderam que é uma atitude medianamente aceitável.

Já quando alguém está levando vantagem sobre os outros, os atos são rejeitadas. As ações mais problemáticas, segundo os entrevistados, são servidores públicos que recebem salário sem comparecer ao trabalho (93%) e falsificação de documentos para obteção de vantagens (93%).

Receber benefícios do governo, mesmo sabendo que não tem direito, é considerado muito reprovável por 88% dos entrevistados; usar produtos ou serviços piratas, como TV por assinatura por exemplo, é rejeitado por 74%; e não pedir nota fiscal para pagar menos por um serviço ou produto é reprovado por 72%.

A maior parte dos entrevistados, 40%, respondeu que não sabe se o município em que mora tem algum tipo de controle interno para tratar casos de corrupção, como auditoria interna, ouvidoria ou corregedoria. Outros 31% disse que sabe que a cidade tem esses controles, mas que eles não funcionam. Apenas 26% disse que os canais existem na cidade e que funcionam.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895