Eleições 2022: Brasil faz sua escolha nas urnas neste domingo

Eleições 2022: Brasil faz sua escolha nas urnas neste domingo

Eleitores irão votar para presidente da República, governador, senador, deputados federal, estadual e distrital.

Mauren Xavier

Na disputa pelo Palácio do Planalto, a campanha foi marcada, assim como em 2018, pela polarização entre dois candidatos

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Neste domingo, em todo o país, 156 milhões de eleitores vão às urnas para definir a nova composição política do Brasil. Serão escolhidos presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Assim como em 2018, a polarização marcou a disputa à presidência da República, apesar das 11 candidaturas que se apresentaram. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e o ex-presidente Lula (PT), que busca retornar ao Palácio do Planalto, foram os principais protagonistas, acumulando as maiores forças ao longo da curta campanha. 

Ao mesmo tempo, após meses de negociações, a terceira via, que tenta romper essa polarização, acabou pulverizada e sem viabilizar uma candidatura única. Assim, siglas como MDB e União Brasil (que surgiu após a fusão entre o PSL e o Dem), apresentaram suas representantes, respectivamente, as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). No grupo da dianteira da disputa ainda está Ciro Gomes (PDT), que terminou em terceiro lugar em 2018.

A disputa nos Estados 

A polarização nacional, porém, não encontra respaldo em todos os estados. Uma demonstração é o fato de que muitos candidatos optaram por não declarar apoio a Lula ou Bolsonaro. Também há casos em que os presidenciáveis têm mais de um nome na disputa ao governo estadual. Como o caso de Santa Catarina, em que os dois principais concorrentes, Comandante Moisés (Republicanos) e Jorginho Mello (PL), são de partidos que ligados a Bolsonaro.

Levando em consideração recentes pesquisas, é possível que, em cerca de metade dos 27, a decisão da população já seja conhecida no primeiro turno, mesmo número do pleito de 2018. Entre elas estão as disputas de Minas Gerais e do Paraná. Além do Rio Grande do Sul, a eleição em outros 13 estados também deve ir para o segundo turno. Esse é o caso da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Em São Paulo, estão na liderança, segundo recentes levantamentos, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). No entanto, o provável terceiro colocado, Rodrigo Garcia (PSDB) vem se mostrando próximo dos dois primeiros.

Em 27 estados, há 19 candidatos que buscam a reeleição neste domingo. A situação vale mesmo para Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, apesar de ter renunciado em março deste ano. Há outros casos em que vices assumiram o mandato oficialmente. São situações como as do Rio de Janeiro, com o impeachment de Wilson Witzel (PSC), e São Paulo, com a renúncia de João Doria (PSDB). 

Uma expectativa é em relação à pulverização partidária. Em 2018, 13 partidos conseguiram eleger pelo menos um governador no país. 

Siglas Quantidade
PT 4
PSL, MDB, PSDB e PSB 3
PSC, DEM e PSD 2
PP, Novo, PCdoB, PHS e PDT 1

Campanha conta com novidades

A campanha eleitoral no país também foi marcada por novidades. Foi a mais curta e contou com o fim das coligações nas disputas proporcionais, porém, houve a criação das federações partidárias, que buscam uniões mais sólidas entre as siglas, com validade por quatro anos. O pleito também teve novas regras para a divisão de recursos para financiamento das campanhas. Em relação aos recursos, foi uma campanha bilionária. Além dos recursos que cada candidato pode captar por meio de doações de pessoas físicas, o Fundo Eleitoral destinou R$ 4,9 bilhões aos partidos políticos para as eleições. 

As ferramentas virtuais marcaram presença novamente, reduzindo o clima eleitoral das ruas e orientando parte das estratégias dos candidatos. Ao contrário de 2018, as articulações em relação ao combate à distribuição de desinformação foram ampliadas, envolvendo tanto as próprias empresas das plataformas como os órgãos da Justiça Eleitoral. Com o acirramento da disputa, casos de violência política também estiveram presentes na campanha e geram atenção para o pleito deste domingo. 

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895