Eleições 2022: Eduardo Leite recebe apoio do PSB no RS
Partido, que já esteve em sua base, afirma não querer cargos em eventual reeleição e reafirma apoio nacional a Lula
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Eduardo Leite (PSDB) passa a contar oficialmente com o apoio do PSB. Ele participou de ato na sede do partido, na tarde desta quarta-feira, ao lado do presidente estadual da sigla Mário Bruck e de Vicente Bogo, que concorreu pelo partido ao governo do Estado, que já militou entre os tucanos, sendo inclusive vice-governador pela sigla na gestão de Antônio Britto (MDB). "Recebo com alegria e com muito orgulho. O PSB participou do governo Sartori e do nosso governo. Temos diferenças, mas sempre mantivemos o diálogo", afirmou o candidato a reeleição.
Leite, agradeceu Bogo pela costura do apoio e ressaltou investimentos na área da cultura como algo que o distancia do oponente e aproxima de bandeiras do partido do qual recebeu apoio.
Bruck disse que a melhor opção é Leite, pela "manutenção da democracia", pois em sua visão a "outra candidatura representa retrocesso, falta de diálogo". Ele colocou o apoio do PSB como "total e irrestrito, sem nenhum condicionante", afirmando que não quer cargos para a legenda em uma eventual reeleição de Leite.
"Quem apoia, apoia", disse. Bogo lembrou que a Constituição completa 34 anos na data do ato, ressaltando a defesa da democracia no apoio a Lula (PT) e Leite. "Sua posição tem que ser de autonomia, independente, que não vai governar para presidente nenhum", cobrou o deputado constituinte, dizendo que com Onyx e Bolsonaro, Estado seguirá decisões de tomadas pelo presidente.
Leite, no entanto, não foi definitivo sobre o cenário do segundo turno nacional. "Sobre minha posição na questão nacional, estamos ouvindo e dialogando com os partidos que nos apoiam. É momento, além de falar, ouvir", disse aos presentes no ato.
Também estiveram presentes o candidato a vice na chapa de Leite, Gabriel Souza (MDB), o atual líder de governo na Assembleia, Mateus Wesp (PSDB), os deputados estaduais Luiz Henrique Viana (PSDB), Elton Weber (PSB) e Dalciso Oliveira (PSB), além da candidata ao Senado Sanny Figueiredo (PSB), que disse ser "mais que um apoio político, um ato de sobrevivência".
É o primeiro apoio formal de uma legenda ao candidato no segundo turno, além daqueles partidos que já o acompanham na coligação.
O PSB chegou a fazer parte do governo Leite ocupando, por exemplo a Secretaria de Obras e Habitação, com José Stédile, que esteve no ato. O partido deixou a base em março, com o intuito de lançar Beto Albuquerque na disputa pelo Piratini. Diante das dificuldades na costura por apoios e recursos de campanha, houve a desistência do candidado e a sigla lançou chapa pura encabeçada por Bogo.