Eleições 2024: PSDB busca um candidato para a Prefeitura de Porto Alegre
Para tentar chegar a uma solução, governador Eduardo Leite vai se reunir na quarta com as direções do partido no RS e em Porto Alegre
publicidade
Após a deputada estadual Nadine Anflor (PSDB) ter comunicado formalmente no final de semana que não vai disputar a prefeitura de Porto Alegre neste ano, os tucanos aceleraram o processo para definir um nome. Na quarta-feira, 3, o governador Eduardo Leite se reúne com a presidente estadual da legenda, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, e com o presidente municipal, o vereador Moisés Barboza. “Vamos levar ao governador a possibilidade de outros nomes e discutir qual a melhor estratégia porque, como todos sabem, a eleição para a prefeitura de Porto Alegre, ela não é municipal, ela é estadual. A última palavra será do governador”, adianta Barboza.
A reunião vem sendo apontada como definidora, mas os tucanos podem vir a anunciar um nome só no início da próxima semana, após o término da janela partidária, que acaba na sexta, 5. O vereador confirma que o foco principal do PSDB sempre foi ter um candidato à prefeitura da Capital, em função da importância para o partido e o governo. “Queremos um lugar no processo eleitoral. Até para apresentar nossas ideias, e mostrar o que temos feito à frente do governo do Estado.” Ele admite, contudo, que a estruturação da candidatura própria em Porto Alegre é hoje o desafio da sigla.
Apesar de Barboza e outros dirigentes elencarem possibilidades de nomes, a questão gira em torno de viabilizar uma candidatura competitiva, que possa tentar disputar para valer, ou que pelo menos apresente certo fôlego frente aos dois adversários já em campo: o prefeito Sebastião Melo (MDB) e a deputada federal Maria do Rosário (PT).
O dilema ocorre porque, por um lado, deixar de ter um nome na Capital passa a imagem de falta de articulação, o que é ruim para o governador. Além disso, uma campanha para a majoritária garante uma vitrine importante, inclusive nacionalmente. Mas, por outro lado, o escolhido precisa apresentar certa densidade eleitoral, ou capacidade de crescimento, mesmo que não chegue ao segundo turno. Uma baixa votação seria como uma espécie de ‘gol contra’, a ser usada pelos adversários para desgastar o governo.
Para além da possibilidade de o secretário chefe da Casa Civil, Artur Lemos, assumir a tarefa, o PSDB passou a fazer sondagens entre deputados e vereadores. E, nesta terça, os presidentes municipais do PSDB e do Cidadania se reúnem para definir a formação da chapa proporcional (a nominata de vereadores) em Porto Alegre. O PSDB e o Cidadania formam uma federação nacional.