Foco no 2º turno é impedir boca de urna e compra de voto, diz Torres

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse nesta sexta-feira que o foco da Operação Eleições 2022 no segundo turno será o combate aos crimes eleitorais de boca de urna e compra de votos.

"No primeiro turno, foram mais de R$ 10 milhões apreendidos e tivemos a informação de que esses recursos seriam utilizados para a compra de votos. Isso fere o direito de livre votar do povo brasileiro", informou o ministro durante coletiva de imprensa da Operação Eleições, coordenada pela Secretaria de Operações Integradas.

Segundo Torres, cerca de 500 mil policiais de diferentes forças estarão nas ruas reforçando o esquema de segurança no domingo. "O Brasil está pronto para o segundo turno das eleições do ponto de vista da segurança pública", garantiu.

"Compra de voto não será permitida e não será tolerada. Isso é crime, que fique bem claro, que a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal estarão bem atentas às pessoas que estiverem cometendo esse tipo de crime", destacou o ministro.

De acordo com a pasta, 456 ocorrências relacionadas à boca de urna foram registradas em 26 estados e no Distrito Federal durante o dia 2 de outubro, data do primeiro turno. A compra de votos ou corrupção eleitoral ficou em segundo lugar, com 95 ocorrências. Também foram registrados 80 casos de tentativa ou violação do sigilo do voto, que é quando o eleitor tira foto da urna, e 57 casos de transporte irregular de eleitores.

O ministério também colocou à disposição do eleitor o número 191, da Polícia Rodoviária Federal, para receber denúncias de crimes eleitorais. 

Segundo o Código Eleitoral, pedir voto no dia da eleição é crime de boca de urna e pode render prisão de seis meses a um ano, mais multa com valor entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, além da suspensão do título de eleitor. O alerta é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A boca de urna é caracterizada pelo ato de convencer ou induzir um eleitor a votar em determinado candidato. No dia das eleições, também é proibida a distribuição de panfletos e santinhos, o uso de alto-falantes ou qualquer propaganda eleitoral nos meios de comunicação.