Fortunati reafirma que ataque à sede de Marchezan não tem cunho político

Fortunati reafirma que ataque à sede de Marchezan não tem cunho político

Prefeito espera revelação sobre motivo da morte de coordenador de campanha de Melo

Correio do Povo

Fortunati reafirma que ataque à sede de Marchezan não tem cunho político

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O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, afirmou que espera pela elucidação do caso referente à morte do ex-coordenador de campanha de Sebastião Melo (PMDB) e reiterou a posição de que os tiros disparados contra o comitê do candidato Nelson Marchezan (PSDB) não têm a ver com o mundo da política. "O caso do ataque ao comitê do Marchezan não tem a ver com a política. Tenho absoluta convicção", enfatizou em entrevista à Rádio Guaíba nesta quarta-feira.

Fortunati ainda negou que tenha sido desmentido pela polícia porque, para ele, havia um agente da Polícia Civil no momento do ataque, o que pode ter motivado os disparos. "Eu não fui desmentido. Eu estive com o delegado Carrion e apresentei a testemunha que confirmou tudo aquilo que eu já havia colocado. O depoimento da testemunha servidora está com a Polícia Federal e será analisado", declarou.Fortunati negou-se a dar mais esclarecimentos porque assumiu compromisso com a polícia de que não falaria sobre o assunto.

Em entrevista à Rádio Guaíba, o delegado César Carrion esclareceu a conversa que teve com Fortunati e explicou que o caso dos tiros jamais envolveu um agente da Polícia Civil. "Conversamos por telefone e conseguimos solucionar o problema. A gente conseguiu ouvir pessoas ligadas à Prefeitura para elucidar o que o prefeito havia falado. Não existe policial e o que ele (Fortunati) falou foi equivocado. O que chegou para nós foi que um agente estaria no comitê no momento dos tiros e que ele e a irmã estariam sendo ameaçados. A mulher na realidade é irmã de um segurança que trabalhava no local", explicou. 

Carrion afirmou ainda que não sabe o motivo da Polícia Federal ter assumido o caso."O que posso falar é que a ocorrência foi direcionada para a PF. Foi uma determinação da minha chefia e não sei a razão para isso. Apenas cumpri ordens", completou. 

O prefeito destacou que aguarda pela descoberta do motivo que levou à morte de Plínio Zalewski. "O que esperamos é que as apurações sejam realizadas, não só pela causa da morte, que me parece suicídio, mas sobre o que levou o Plínio, que conheço desde a década de 80, meu amigo pessoal, a fazer isso. O que leva uma pessoa tranquila, acostumada com tensões e com o embate político a cometer isso. Acho que é isso que a Polícia Civil terá de investigar. O Rio Grande do Sul precisa saber com o que efetivamente estamos tratando", resumiu. 

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