Governo do RS: Edegar Pretto diz que, apesar das raízes no MST, irá governar para todos

Governo do RS: Edegar Pretto diz que, apesar das raízes no MST, irá governar para todos

Ao programa "Agora", da Rádio Guaíba, ele falou também sobre impostos e políticas de enfrentamento a pandemia

Paula Neiman*

Edegar Pretto (PT)

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Nesta segunda-feira (19), foi realizada a penúltima entrevista com os candidatos ao governo do RS, no programa ‘Agora’ da Rádio Guaíba. O entrevistado foi Edegar Pretto, candidato do PT no RS. 

Pretto, que está no terceiro mandato de deputado, ressaltou conhecer o Estado. "Sei do potencial e o que cada parte do Estado enfrenta,” afirmou. O candidato expôs que seu nome é ligado diretamente às pautas do agro, principalmente ao Movimento Sem Terra (MST), e que deseja se manter próximo a elas, adicionando outras pastas prioritárias como o fim da violência contra mulher. Ele faz parte do movimento Eles por Elas e reafirmou a importância da mudança cultural para a diminuição do feminicídio. 

Ao ser questionado sobre a sua ligação com o MST e como irá dialogar com o agronegócio, o candidato explicou: “Eu nunca vou negar minha origem, Adão Pretto, meu pai, dedicou sua vida pelos homens e mulheres que fazem parte desses movimentos sociais, mas eu tenho o compromisso de governar para todos.”

Ele se colocou a favor do diálogo aberto. “Eu dialogo com todos, sei conviver com as diferenças e aprendo muito com elas”, explicou.

Sobre o enfrentamento à estiagem, ele lembrou que esteve à frente, junto com pequenos, médios e grandes agricultores, com a representação de mais de 10 bancadas da Assembleia Legislativa, pedindo para que o governo federal olhasse para esse setor, que representa quase 40% do PIB. “Portanto, saberei lidar com esse setor", comentou ele. O candidato afirmou que, atualmente, temos a cesta básica mais cara do Brasil, mas prometeu o aumento do trabalho dos agricultores para produzir mais e baixar o valor das prateleiras nos mercados.

Ao ser questionado sobre como administrar o Estado, após a baixa do Governo Federal dos impostos para 17%, o candidato defendeu mudanças. “Esse contrato feito é um péssimo negócio para o Estado, é uma subordinação ao Estado e à população". Disse que acredita que a melhor medida seria a mudança na política da Petrobras para baixar os preços, ao invés de passar para os estados a dívida. 

“Nós vamos rever o regime de recuperação fiscal. Conversei com o presidente Lula que afirmou que, se eleito, o primeiro compromisso que terá será o de chamar os 27 governadores para fazer um novo pacto federativo”, explicou ele, visando baixar o preço da gasolina.

Referente às medidas tomadas para o combate à pandemia, Edegar foi questionado sobre o voto positivo do seu partido na renovação das alíquotas majoradas do ICMS, que foi aprovado por um ano desde que a verba fosse para a compra de vacinas. Porém, as vacinas foram compradas pela União.  O candidato explicou que os governos do seu partido nunca aumentaram impostos, “pagamos a dívida da união, não atrasamos os salários dos servidores, fizemos concursos públicos, 12% do orçamento em saúde, sem aumentar impostos,” explicou.  

Porém, lembrou a necessidade daquele momento. “O governo federal não fazia nada. Fizemos um pedido formal e escrito, para que aquele dinheiro fosse para as vacinas e para as pessoas em situação de vulnerabilidade,” detalhou. 

Pretto disse que a preocupação era em proteger as vidas, e que a medida foi emergencial. “No nosso pedido, o governador prometeu que para as pessoas em situação de vulnerabilidade não iria faltar o básico, comida. A prioridade tem que ser a vida, naquele momento era o caminho que nós tínhamos, cuidar das pessoas mais vulneráveis e cuidar das pequenas, micros e médias empresas.”

*Supervisão Mauren Xavier


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895