Leite diz que o RS saiu de endividado para investidor em seu governo

Leite diz que o RS saiu de endividado para investidor em seu governo

Ex-governador falou sobre feitos e propostas de campanha no Balanço Geral da Record TV

Paula Neiman*

Eduardo Leite apresentou propostas ao governo do Estado

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O ex-governador e candidato à reeleição Eduardo Leite (PSDB) foi o entrevistado desta terça-feira (30) no Balanço Geral da Record TV. Falou sobre diversas pastas e enfatizou as mudanças do Estado em seu governo, reafirmando que deseja continuar as melhorias iniciadas. O candidato colocou como suas bandeiras prioritárias de campanha: segurança e educação. Além disso, enfatizou as mudanças nos cofres públicos, de um Estado que não tinha orçamento para pagar seus servidores para um Estado que investe em diversos âmbitos. 

Sobre segurança, o candidato citou o programa RS Seguro, criado em seu governo, visando segurança pública e defesa social. De acordo com ele, diminuíram em 70% os furtos a veículos, 35% homicídios e a diminuição de assaltos a bancos chega a quase 80%. Falou que foram investidos R$ 400 milhões em segurança. As propostas do ex-governador para a pasta, são o aumento de efetivo, continuação das obras dos novos presídios e infraestrutura para que as facções não possam continuar sendo comandadas por pessoas de dentro da prisão. 

No agronegócio, o ex-governador falou sobre a pior seca dos últimos 70 anos que foi enfrentada durante o seu governo. Explicou que através do pagamento das dívidas do Estado, foi possível que fossem feitos investimentos de cerca de 150 milhões para o agronegócio. As propostas para o setor, que é primordial para o Estado, é desburocratizar os licenciamentos para facilitar reservas de água, mas sem comprometer o meio ambiente. 

Sobre saúde, o ex-governador expôs suas dificuldades durante o seu governo, pelo combate à pandemia. Expôs que a pandemia trouxe a clareza da necessidade da organização e planejamento na saúde, para qualquer tipo de enfrentamento. No seu governo e no seu possível novo governo, Leite quer investir nos três estágios da saúde: prevenção, tratamento e reabilitação.

O candidato explicou que em função do pagamento de dívidas, foi possível criar programas de prevenção à saúde e  aumentar a quantidade de SAMUs e de UPAs no Estado. Além disso, foram criados programas para pessoas com deficiência e investidos mais de R$ 400 milhões nos 102 hospitais do RS. O candidato falou que é preciso fazer mais e é o que fará, caso seja reeleito. 

Sobre a sua pasta prioritária, a educação, iniciou a sua fala expondo que o desenvolvimento da educação é fundamental para as pessoas e para a economia do Estado. Disse que em governos anteriores, o Estado não pagava o piso dos professores, e que hoje paga 10% a mais para professores formados e contratados. Implantou o dinheiro direto nas escolas trazendo orçamento para reformas e disse que todos os professores receberam notebooks para trabalhar e no mínimo 30 unidades foram distribuídas em cada escola para os alunos. Aumentou 130% a verba das merendas escolares, visando garantir no mínimo uma refeição por dia para os alunos. 

Na economia, falou sobre a privatização do Banrisul e da Corsan. Sobre o banco, o candidato diz que é “inevitável que se discuta sobre a privatização do Banrisul.” Porém, explicou que em seu governo utilizou o banco em favor do agronegócio e que a pauta da privatização é sobre o Estado possuir mais de um banco público, “é importante termos um banco público, mas não precisamos de três” se referindo ao Banrisul, o Badesul e BRDE.  

Referente à Corsan, o ex-governador disse que já está sendo privatizado, pois hoje, o RS não chega a 20% na coleta e tratamento do saneamento básico no Estado. Ele falou que serão destinados R$ 15 bilhões até 2023 nesta parceria público-privada, sendo o serviço público controlado pelo Estado, mas ações privadas. Defende também que a parceria gerará empregos. 

Sobre a reeleição, posição que durante o seu mandato foi contra, e agora decidiu concorrer, o candidato se posicionou “mudei de opinião para que o Rio Grande do Sul não mude de rumo” enfatizou. Implantou um regime de recuperação fiscal, poupando R$ 19 bilhões “botamos ordem na casa", completou. Ele disse que deseja dar continuidade a um trabalho que vem sendo construído há pelo menos 8 anos, fazendo referência a gestão de José Ivo Sartori (MDB). 


Correio do Povo
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