Manifestantes junto ao Comando Militar do Sul rejeitam rótulo de "radicais", em Porto Alegre

Manifestantes junto ao Comando Militar do Sul rejeitam rótulo de "radicais", em Porto Alegre

Reunidos há mais de dez dias no local, eles afirmam que classificação é de "integrantes da esquerda"

Felipe Faleiro

Por volta de 60 pessoas seguiam reunidas no local na manhã desta segunda-feira

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Manifestantes se reuniram nas ruas próximas ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre, por mais um dia nesta segunda-feira. Com bandeiras do Brasil, hinos patrióticos e militares, além de camisetas verde-amarelas, eles permanecem acampados há mais de dez dias na área entre as ruas Sete de Setembro, Padre Tomé e Andradas. Entre as pautas, eles afirmam rejeitar o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, no final de outubro e ainda pedem apoio das Forças Armadas.

Também são contrários a decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), alegam que praticam a “verdadeira democracia” e rejeitam o rótulo de “radicais” dito por “integrantes da esquerda”, espectro político oposto ao do movimento acampado junto ao CMS. No final da manhã de hoje, por volta de 60 pessoas estavam reunidos no local. Há assistência médica, alimentos estavam sendo distribuídos e a área estava sendo limpa. Conforme eles, a manifestação de amanhã, feriado da Proclamação da República, promete ser “gigante”.

Os bloqueios novamente estavam sendo feitos por agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Também hoje pela manhã, um tenente da Base de Administração e Apoio da 3ª Região Militar (B Adm Ap/3ª RM), que fica no complexo do CMS, esteve junto aos manifestantes e informou que as calçadas não poderiam ser utilizadas para a exposição e comercialização de itens como bandeiras, já que aquela era uma área militar. O pedido foi prontamente atendido por eles.


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