Melo e Manuela planejam ações para transição de governo em Porto Alegre

Melo e Manuela planejam ações para transição de governo em Porto Alegre

Candidato do MDB quer iniciar tratativas por revisão na licitação dos ônibus, e representante do PCdoB pretende enviar proposta de reversão de mudanças no IPTU

Correio do Povo

Posse está marcada par 1º de janeiro

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Quando o próximo chefe do Executivo de Porto Alegre for anunciado na noite de 29 de novembro, o vencedor do segundo turno das eleições terá 32 dias até assumir o cargo, em 1º de janeiro de 2021. Contudo, o trabalho começa antes, ainda neste ano. Sebastião Melo (MDB) ou Manuela D'Ávila terá o desafio de realizar uma transição de mandato democrática e articular estratégias para preparar o Paço Municipal para sua gestão. Os candidatos já têm propostas para o período entre o anúncio do ganhador e a data de posse.

Melo, vice-prefeito na administração de José Fortunati, trabalhará para iniciar as tratativas por uma revisão na licitação dos ônibus da Capital, realizada em 2015. "Vou chamar as operadoras privadas e a Carris para uma mesa e vamos repactuar a licitação que está aí. Nunca houve uma licitação na cidade que estabelecesse parâmetros de legalidade e de qualidade. A primeira parte foi cumprida, a segunda não", critica. Para o emedebista, há um desafio enorme na área de mobilidade urbana.

Contudo, mudanças exigem a atuação de diferentes esferas do poder público, como o Executivo, a Procuradoria-Geral do Município (PGM), a Secretaria de Mobilidade Urbana e própria Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A licitação tem validade de 20 anos.

Já Manuela D'Ávila focará na tentativa de reverter a revisão do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aprovada pelos vereadores no ano passado por 22 votos favoráveis e 14 contrários. "Quero construir na transição o envio do projeto para a Câmara para garantir que tenhamos em 2021 a não-implementação do novo valor, porque as guias são emitidas no final do ano anterior. Não queremos que isso (reversã) comece a valer apenas em 2022. Isso não é trabalho para 1º de janeiro, é para 30 de novembro", avalia.

Em debate realizado no final de outubro, Marchezan comprometeu-se a encaminhar a redução do IPTU caso não conseguisse uma vaga no segundo turno da eleição. Manuela conta com essa promessa eleitoral, feita pelo atual mandatário, apesar da crítica de que a medida seria o cancelamento da justiça tributária e uma perda de recursos em meio a um período de crises.

No caso do IPTU, Melo reconhece que a planta estava defasada, mas avaliou que as mudanças “pegaram muito pesado especialmente com a área comercial”. Se eleito, garantiu que vai propor a suspensão dos aumentos no seu primeiro ano de mandato, tendo efeito, assim, apenas em 2022.


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