Michelle e Damares se reúnem com venezuelanas que lideram comunidade citada por Bolsonaro

Michelle e Damares se reúnem com venezuelanas que lideram comunidade citada por Bolsonaro

Encontro, que ocorreu nesta segunda-feira (17), durou mais de uma hora; 'O objetivo é acolher, é abraçá-las', disse a senadora eleita

R7

Senadora e primeira-dama foram encontrar venezuelanas

publicidade

A primeira-dama Michele Bolsonaro e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) se reuniram, nesta segunda-feira,  com duas líderes comunitárias que atendem refugiadas venezuelanas em São Sebastião (DF). Jovens estrangeiras foram citadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma entrevista a um podcast em que ele relembra uma visita a elas. 

"Nós fizemos esse encontro. Foi um encontro cheio de abraços. Eu já estive na comunidade de São Sebastião algumas vezes, então já tenho uma ligação com o lugar. Uma ligação de abraços e de carinho. Elas trabalham, e esse episódio mudou a rotina delas. Muita gente procurando por elas. Está todo mundo sofrendo com isso. São duas vítimas, mas agora acabou", afirmou Damares ao R7. 

O encontro entre a primeira-dama, a senadora e as líderes comunitárias durou entre uma hora e uma hora e trinta minutos. "O objetivo é acolher, é abraçá-las", disse. "Nada melhor do que a mulher do presidente para abraçá-las", destacou Damares. "E depois falamos de receita e de comida." Ela não informou onde o encontro ocorreu. 

 

O vídeo em questão traz uma entrevista de Bolsonaro a um podcast na última sexta-feira (14), em que ele relembrou a visita à casa onde vivem jovens venezuelanas, no Distrito Federal, e disse que "pintou um clima". O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, acatou pedido no último domingo e proibiu que a campanha petista usasse vídeos que associam indevidamente o presidente ao crime de pedofilia.

"A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa, na linha da jurisprudência desta Corte, segundo a qual a configuração do ilícito pressupõe ato que, desqualificando pré-candidato, venha a macular sua honra ou a imagem ou divulgue fato sabidamente inverídico", escreveu Moraes.

Na decisão, o magistrado determinou ainda que as redes sociais TikTok, Instagram, LinkedIn, Youtube, Facebook, Telegram e Kway removam imediatamente o conteúdo do vídeo, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, a contar de duas horas após a decisão.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895