Nos EUA, Marina critica Dilma por campanha antecipada
Senadora, que deixou o PT para tentar se candidatar à presidência, também pediu equilíbrio na CPI do MST
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A senadora criticou sua ex-colega de ministério por supostamente usar a máquina pública para fazer campanha e alegar que é vítima de preconceito por ser mulher. "Não tem nada a ver com ser homem ou mulher", disse Marina. "Há um incômodo legítimo da sociedade; essa ida ao São Francisco em caravana caracterizou um ato de campanha; os atos falhos falam por si", afirmou a senadora e pré-candidata à presidência.
Há cerca de duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva referiu-se a uma inauguração na região do São Francisco como um "comício", em um ato falho. No domingo, Dilma disse que a oposição tem preconceito pelo fato de ela ser mulher e, por isso, a acusa de uso da máquina pública para fazer campanha eleitoral.
Marina participou nesta segunda de uma mesa redonda promovida pelo Woodrow Wilson Center para debater as propostas de Brasil, China e Índia para a reunião do clima em Copenhagen. Na terça-feira, ela participa de um almoço no Congresso e à tarde vai se reunir com a deputada Barbara Lee, democrata da Califórnia que é líder da bancada Negra no Congresso e defensora de medidas pacifistas.
Marina deve se encontrar também com assessores dos senadores John Kerry e Lindsey Graham, que estão finalizando uma versão ambiciosa da Lei Climática.
CPI do MST
Perguntada sobre a criação da CPI do MST, Marina disse que a comissão não pode ser "unilateral" . "Se a comissão for unilateral, só tratar do MST, será uma tentativa de criminalizar o movimento", disse a senadora. "É preciso que a CPI investigue também os ruralistas, há muitos casos de violência cometidos por ruralistas."