OEA registrou que temos a mais ágil e segura apuração das Américas, diz Barroso

OEA registrou que temos a mais ágil e segura apuração das Américas, diz Barroso

Presidente do TSE disse que objetivo de conciliar o rito da democracia com a saúde pública foi plenamente realizado

AE

Presidente do TSE disse que objetivo de conciliar o rito da democracia com a saúde pública foi plenamente realizado

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse neste domingo, 29, que a Organização dos Estados Americanos (OEA) registrou que o Brasil tem o "mais ágil e seguro sistema de apuração das Américas".

A declaração vem num momento em que o presidente Jair Bolsonaro reforça as ofensivas pedindo a aprovação do voto impresso no País, colocando em xeque a segurança da urna eletrônica.

Barroso disse que o primeiro e grande objetivo, que era conciliar o rito da democracia com a saúde pública, foi plenamente realizado. Outro objetivo do TSE era enfrentar campanhas de desinformação e notícias fraudulentas.

O presidente do TSE destacou que a corte eleitoral fez parceria com todas as mídias sociais e derrubou "imensa quantidade" de contas fraudulentas no WhatsApp, Facebook, Instagram, Google, Twitter e Tik Tok.

"Conseguimos rebater imediatamente todas as notícias falsas com ajuda de agências de checagem", acrescentou.

"Voto impresso traria tumulto"

Barroso disse que o voto impresso - como defendido pelo presidente Jair Bolsonaro - poderia trazer "grande tumulto ao processo eleitoral". Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu pela inconstitucionalidade desse tema.

Hoje, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso e questionou a segurança das urnas eletrônicas. "O presidente da República tem liberdade para exprimir sua opinião", disse Barroso, lembrando da decisão do STF. "Sou juiz, não posso me impressionar com retórica política."

Segundo o ministro, além do custo do voto impresso, haveria risco real ao sigilo do voto. "Respeitando opinião do presidente, penso que voto impresso traria grande tumulto a processo eleitoral."

Segundo Barroso, todo candidato derrotado pediria recontagem, nulidade e haveria judicialização. "Agora, se presidente tiver qualquer evidência, vamos investigar", disse.


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