PSD volta a cortejar Eduardo Leite
Destino do governador gaúcho, atualmente no PSDB, vai gerar reflexos nas disputas de 2026
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O primeiro fator que embaralha as negociações para 2026 é o caminho a ser seguido pelo governador Eduardo Leite (PSDB), que voltou a ser cortejado pelo PSD.
As especulações sobre a possibilidade de Leite trocar de partido em 2025 crescem na mesma proporção das apostas sobre se a sigla de Gilberto Kassab, após o sucesso deste ano, vai optar por apresentar uma candidatura “de centro” à presidência da República em 2026.
O PSD foi o partido que mais elegeu prefeitos no país: 891. Possui, para oferecer ao governador, estrutura e recursos financeiros para daqui a dois anos que os tucanos não têm como igualar. O PSDB cresceu um pouco em número de administrações municipais no RS, passando de 30 para 35, mas o Estado foi uma exceção. No Brasil, o número de prefeitos eleitos pela legenda caiu de 512 em 2020 para 274 neste pleito. Um reflexo do encolhimento que a sigla enfrenta há alguns anos.
A decisão de Leite, seja sobre o partido, ou sobre o cargo que disputará (a presidência ou o Senado), impactará tanto a manutenção da aliança como a construção que vem sendo feita pelo vice, Gabriel Souza (MDB), para concorrer ao Piratini. Apoiadores de Gabriel tentam projetar qual futuro tem uma coalizão com o PSDB sem seu principal articulador do lado tucano. Enquanto isso, adversários do vice-governador dentro do próprio partido seguem, nos bastidores, ventilando a possibilidade de que o vice também troque de legenda.