Redes sociais tornam-se aliadas na campanha eleitoral ao Piratini

Redes sociais tornam-se aliadas na campanha eleitoral ao Piratini

Candidatos adotam posturas diferentes nas redes. Onyx (PL) e Leite (PSDB) lideram em presença e em seguidores nas plataformas.

Paula Neiman*

publicidade

Com mais força desde as eleições de 2018, as redes sociais têm sido grandes aliadas dos candidatos na busca do eleitor. As plataformas abriram espaços para que os candidatos possam ir além dos tempos da propaganda eleitoral e através de linguagem múltiplas e planejamento ampliar a comunicação com o eleitorado. Nesses espaços, os candidatos apresentam propostas, mas cativam o público compartilhando momentos da vida pessoal.

Na corrida ao Palácio Piratini, os 11 candidatos adotam posturas diferentes quando o assunto é rede social. Enquanto alguns investem alto, mantendo um ritmo de postagem, outros são mais modestos ou ainda não existem efetivamente nas redes sociais. Dois candidatos, Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL), possuem mais de um milhão de seguidores cada, um patamar que ultrapassa muitos influencers do país. Com estratégias diferentes, cada um cresce em nichos específicos.

O candidato ao governo do Estado com maior número de seguidores somando todas as redes é Onyx. Ele reúne mais de dois milhões de seguidores. Nas redes, possui mensagens diretas ao seus eleitores e mescla propostas, discursos, divulgações e vida pessoal. Traz registros da intimidade com a sua família e reforçando seus valores. Em muitas, faz relação com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e por seus feitos. Em outras publicações expõe o tom crítico ao PT. Responsável pela comunicação do candidato, Daniel Ramos explica que o desempenho de Onyx nas redes sociais está relacionado ao seu diferencial, que é a sua “forma genuína”. “Não temos um planejamento estratégico de redes sociais, é tudo pensado por ele. Nós só operamos”, detalha.

Com mais de um milhão de seguidores, Leite adota jeitos diferentes de comunicar, através de um planejamento estratégico para adquirir novos eleitores e fidelizar os que já seguem as contas. Na principal rede social dos jovens, o TikTok, ele aposta em vídeos curtos e descontraídos, seguindo a proposta de campanha e da plataforma. Mesmo com linguagens diferentes, ele mantém a mesma estratégia, mantendo o tom ameno e focado nas suas propostas. Segundo o coordenador da equipe de redes sociais, Rafa Bandeira, essa é a forma de ser do candidato. “Não podemos criar uma rede social à parte. Seguimos a sinergia do candidato, a postura, o jeito de ver a vida e de fazer política.” 

Os candidatos ao Piratini nas redes

  • Carlos Messala (PCB)

Unindo as plataformas o candidato possui pouco mais de dois mil seguidores. Possui conta no Instagram (1,234), Twitter (740) e Facebook (106). 

  • Edegar Pretto (PT)

Unindo todas as redes sociais o petista possui pouco mais de 125 mil seguidores. Foi o único que apostou em todas as plataformas, incluindo o Kwai, apesar de não ser tão ativo. Nas redes, ele aposta na vinculação com o candidato à presidência Lula, fotos em manifestações políticas em favor do PT. Nas plataformas: Instagram (18.9k), Facebook (102k), TikTok (2,3k), YouTube (2,43k) e Kwai (414).

  • Eduardo Leite (PSDB) 

O ex-governador possui ao todo 1.304.205 seguidores, distribuídos em cinco redes sociais: Twitter (211,2k), Instagram (583K), YouTube (2,05k), TikTok (62k) e Facebook (446k). Em cada uma, o candidato adota maneiras diferentes de comunicar e também estratégias específicas.

  • Luis Carlos Heinze (PP)

O senador possui 102 mil seguidores no Facebook e, em contrapartida, 1.340 seguidores no Instagram. No TikTok o número é ainda menor, contando com menos de mil seguidores na plataforma que é voltada aos mais jovens. No YouTube possui diversos conteúdos de campanha, unindo 1,58 mil inscritos. 

  • Onyx Lorenzoni (PL) 

O deputado conta com 2.127.515 seguidores, unindo todas as suas contas em redes sociais. A maior popularidade está no Twitter e no Instagram, sendo 1 milhão de seguidores e 807 mil seguidores respectivamente. No Facebook são 380 mil, e no Youtube 6,11 mil. Ele possui também dois perfis no TikTok, um deles possui dois vídeos e o outro está inativo. Nas duas, soma cem seguidores. 

  • Paulo Roberto (PCO)

O candidato não cadastrou nenhuma rede social no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

  • Rejane Oliveira (PSTU) 

A candidata pelo PSTU é a que possui menores números nas redes sociais. As contas juntas passam um pouco de 600 seguidores. As plataformas utilizadas pela candidata são: Facebook (408), Instagram (163) e Twitter (31). 

  • Ricardo Jobim (Novo) 

É um dos poucos que investe na rede empresarial Linkedin, onde possui mais de 500 conexões e um perfil de atividades e certificações e dados da trajetória profissional. A maior popularidade do candidato é no Instagram com cerca de 9 mil seguidores. Possui ainda 1,3 mil seguidores no Facebook e 642 seguidores no Twitter. Além destas, está nas redes TikTok (1.404) e YouTube (117).

  • Roberto Argenta (PSC) 

Une em média 16 mil seguidores. A sua principal plataforma é o Instagram. No Twitter e Facebook não possui muitas aparições e nem quantidade de seguidores significativos. No YouTube possui 18 vídeos com média de 30 visualizações. 

  • Vicente Bogo (PSB) 

Possui maior número de seguidores no Linkedin, com cerca de 500 conexões. Tem pouco mais de duzentos seguidores em outras redes: Instagram (214) e Twitter (232). No Facebook criou a conta recentemente. 

  • Vieira da Cunha (PDT) 

O candidato soma 14 mil seguidores em suas redes sociais. Sua principal plataforma é o Facebook que chega a quase 6 mil seguidores. Em seguida, está o Twitter que acumula pouco mais de 5 mil seguidores. A menor rede social é o Instagram, com quase 3 mil seguidores. 

 

TSE cria novas regras para as redes sociais

Com papel mais importante no cenário eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou novas regras para propagandas eleitorais nas redes. Segundo o TSE, a propaganda eleitoral paga na Internet deve ser feita somente por candidatos, partidos, coligações ou federações e precisa ser identificada. Apoiadores podem publicar conteúdo, mas não devem recorrer ao impulsionamento pago para alcançar maior engajamento. E é proibido contratar pessoas físicas ou jurídicas que façam publicações de cunho político-eleitoral em suas páginas. 

O envio de mensagens eletrônicas aos eleitores que se cadastraram voluntariamente para recebê-las é permitido, dentro da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O disparo em massa é ilegal e pode levar à cassação do registro, inelegibilidade e multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

*Supervisão de Mauren Xavier 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895