Setor agropecuário reelege maioria de seus representantes à Assembleia Legislativa

A representatividade do setor agropecuário familiar e empresarial, na próxima legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL/RS), contará com mais de 70% dos atuais integrantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da casa. Dos 22 parlamentares, 16 foram reeleitos no último domingo, inclusive o deputado estadual Adolfo Brito (presidente), e Ernani Polo (vice), ambos do Partido Progressista (PP). Também foram reconduzidos à casa os parlamentares Zé Nunes (PT), Juvir Costella (MDB), Vilmar Zanchin (MDB), Paparico Bacchi (PL), Luiz Marenco (PDT), Dr. Thiago Duarte (União), Elton Weber (PSB), Beto Fantinel (MDB), Carlos Búrigo (MDB), Frederico Antunes (PP), Kelly Moraes (PL), Rodrigo Lorenzoni (PL), Gerson Burmann (PDT) e Dirceu Franciscon (União). 

Entre os reeleitos para atuar de 2023 a 2026 está também a ex-secretária da Agricultura, Silvana Covatti (PP). Ranqueada entre os dez mais votados desta eleição, a deputada diz que “os gaúchos elegeram uma composição de Assembleia que, majoritariamente, defende quem trabalha e produz”. Considerando a severidade da última estiagem, ela destaca como prioridade a pauta da irrigação, com a desburocratização de leis impeditivas ao seu avanço no Estado. A parlamentar ainda ressalta a necessidade de políticas de incentivo à agricultura familiar e a quem produz e gera renda para o RS.

A preocupação em evitar as consequências da escassez hídrica, como a que ocorreu no Estado na safra 2022/2023 e afetou a rentabilidade no campo, também integrará a linha de trabalho de Elton Weber (PSB). O foco, garante o deputado, será a prevenção, especialmente via reservatórios de água. Outra prioridade está em viabilizar ações que permitam a ampliação do orçamento e dos programas de fomento ao setor primário via Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). 

Weber destaca que deverá trabalhar alinhado com o também reeleito deputado federal Heitor Schuch na defesa das cadeias produtivas e na busca por mais orçamento e incentivos ao segmento. E diz que o setor estará representado por outros nomes na AL/RS, com quem trabalhará por melhor infraestrutura ao setor. “É preciso haver um trabalho de convencimento daqueles que ainda não conhecem a realidade do setor”, adianta.

Entre os temas que deverão pautar o grupo de parlamentares alinhados ao agronegócio também estão ajustes na legislação ambiental, especificamente quanto à desburocratização dos licenciamentos. Os interlocutores do setor com o governo do Estado ainda deverão atuar no fomento à assistência técnica e a temas ligados à saúde, à educação, à segurança e ao acesso dos produtores rurais à tecnologia e à energia elétrica. “Precisamos ter regras, mas as coisas têm que andar mais rápido para chegar a quem precisa”, enfatiza Weber.