Setor reconduz bancada gaúcha do agro à Câmara

Setor reconduz bancada gaúcha do agro à Câmara

Quase metade dos 31 eleitos pelo Rio Grande do Sul integram a Frente Parlamentar da Agricultura

Camila Pessôa

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O conservadorismo gaúcho, que renovou 25,8% dos 31 representantes do Rio Grande do Sul para a próxima legislatura da Câmara dos Deputados, foi praticamente total com relação ao colegiado defensor do agronegócio.

Dos 17 deputados federais do Estado que, atualmente, integram a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), 13 foram reeleitos: Afonso Hamm (PP), Afonso Motta (PDT), Alceu Moreira (MDB), Carlos Gomes (Republicanos), Giovani Cherini (PL), Heitor Schuch (PSB), Pedro Westphalen(PP), Pompeo de Mattos (PDT), Sanderson (PL), Lucas Redecker (PSDB/RS), Marcel Van Hattem (Novo), Marcelo Moraes (PL) e Márcio Biolchi (MDB).

Os quatro restantes não concorreram ao pleito: Darcísio Perondi (MDB), Jerônimo Goergen (PP), Santini (PTB) e Nereu Crispim (PL). O grupo também deve reforçar a atuação na Comissão Permanente de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, onde possui sete das 47 cadeiras.

O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, afirma que a eleição dos representantes do setor primário gaúcho ligados ao agro foi satisfatória, assim como a disputa ao governo estadual em segundo turno. “Temos dois candidatos alinhados às necessidades do agronegócio”, afirma. Mas, conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agrícolas do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Paulo Pires, a expectativa é que a força do grupo se reverta em avanços ao setor cooperativista.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, ressalta a esperança de que o “o governo possa olhar para a agricultura com o carinho que ela merece, pela potência que é a agropecuária do RS e do Brasil”. O dirigente destaca a luta por questões ambientais e a necessidade da produção de insumos agrícolas no país. “Não dá mais para comprar insumos de fora e querer ser uma potência agrícola”, destaca.


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