Temer tenta aplacar PT e PMDB na disputa pela presidência da Câmara
Partidos concordam em partilhar cargo, mas ambos querem primeiro mandato
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O deputado Henrique Alves manifestou sua disposição para que haja um entendimento entre os dois partidos. Ele observou que, antes, espera do PT a definição do candidato oficial da sigla. Além de Vaccarezza, mais três petistas reivindicam, nos bastidores, a candidatura à presidência da Câmara: o atual vice-presidente, Marco Maia (RS), e os ex-presidentes Arlindo Chinaglia (SP) e João Paulo Cunha (SP).
Após a indicação do candidato petista, Alves pondera que caberá a cada um dos postulantes exercitar o seu "poder de convencimento", justificando porque pretende governar a Casa no primeiro biênio. No 11º mandato, Alves invoca sua "experiência parlamentar" para dirigir a Câmara num "período conturbado", em que prevê a retomada das discussões sobre as reformas política e tributária. Mas se o impasse persistir, ele afirma que delegará a palavra final ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer.
Temer firmou um acordo com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, para que os dois partidos - que elegeram as maiores bancadas - dividam o comando da Câmara na próxima legislatura (2011-2014), cabendo um biênio a cada um. O problema é que nem PT nem PMDB abrem mão de assumir a cadeira no primeiro biênio, a partir de fevereiro de 2011.