TSE exonera servidor responsável por propagandas eleitorais em rádios

TSE exonera servidor responsável por propagandas eleitorais em rádios

Mudança ocorre após campanha de Bolsonaro alegar ter sido prejudicada em inserções de rádio; TSE diz ser uma mudança normal 

R7

Representantes de centrais sindicais se reuniram com TSE

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerou o servidor que seria responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias das campanhas eleitorais e disponibilização dos materiais no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV. A medida foi tomada depois da entrega, no início da noite de terça-feira (25), do relatório com as denúncias feitas pela campanha de Bolsonaro (PL) de que teve menos inserções em rádios do que a campanha adversária.

Ao R7, o TSE informou que trata-se de uma exoneração normal. "Não tem nada a ver com essa história. Desde que assumiu o ministro vem fazendo mudanças pontuais na equipe." No entanto, a Corte não confirmou se o servidor efetivo do TRE-DF que exercia cargo em comissão de assessor na Secretaria Judiciária, da Secretaria-Geral da Presidência do TSE, tinha a função de administrar as inserções das campanhas nas rádios.

Na segunda-feira (24), a campanha de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 154.085 inserções de rádio a mais do que o candidato do PL entre os dias 7 e 21 de outubro. De acordo com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, uma auditoria detectou a distorção e uma denúncia foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número representaria 18,24% a menos.

Cada inserção que não foi divulgada tem 30 segundos de duração. Segundo a campanha de Bolsonaro, os materiais que deixaram de ser veiculadas correspondem a 1.283 horas de conteúdos não exibidos. De acordo com a equipe da campanha de reeleição, o Nordeste foi a região com o maior percentual de inserções não divulgadas: 29.160.

A defesa da campanha do presidente diz que em um primeiro momento não foi apresentado um levantamento completo das irregularidades por conta da quantidade de emissoras de rádios comerciais, educativas e públicas no país — 5 mil emissoras. Também foram apresentados dados da empresa AudiencyBrasil Tecnologia, que faz monitoramento da programação das emissoras e teria realizado estudo técnico sobre os problemas encontrados.


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