Vicente Bogo: O seminarista que virou professor e apreciador de canto gregoriano

Vicente Bogo: O seminarista que virou professor e apreciador de canto gregoriano

Embora goste de mexer na terra e fazer caminhadas na orla do Guaíba, seu prazer é estudar

Felipe Nabinger

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Seminarista por dez anos, desde pequeno Vicente Bogo (PSB) quis ser padre. De família religiosa, quando já cursava as faculdades de licenciatura em Filosofia, Ciências e Matemática, achou que não estava 100% focado na vida sacerdotal e foi ser professor.

Um gosto porém, de certa forma, remete a esse passado. Na música, Bogo é apreciador do estilo clássico, mas também do canto gregoriano. “Um canto de introspecção, suave. De vez em quando, em casa, acho no YouTube e ponho para rodar”, afirma. Sobre o gosto por música instrumental, essa em estilos variados, incluindo o regional, Bogo comenta que não gosta de “letras com dor de cotovelo”.

Embora goste de mexer na terra, cuidando de vasos de flores em sua casa na zona sul de Porto Alegre e fazer caminhadas na orla do Guaíba, seu prazer é estudar. Tanto que segue estudando Filosofia e Psicologia de “forma informal, mas organizada”, como diz, por meio da leitura, grupos de estudos e palestras. “O que dá paz a alguém é compreender o que é a vida”, explica. Recentemente, vem lendo um livro escrito por um integrante de outra chapa majoritária, Espelho Riscado, do Professor Nado (Avante), que disputa vaga no Senado. A obra analisa a trajetória do pensamento da esquerda brasileira desde sua formulação até a atualidade. “Por outro lado, estou lendo um livro que fala sobre o futuro do capitalismo. Olhando para os dois lados podemos ver onde um e outro estão errando, propondo alternativas de mediação”, analisa.

 


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