Gilmar Mendes envia ação sobre revista íntima em presídios ao plenário físico do STF

Gilmar Mendes envia ação sobre revista íntima em presídios ao plenário físico do STF

Logo antes, André Mendonça tinha mudado o voto e não havia mais maioria na Corte pela proibição do procedimento

R7

Voto de Gilmar Mendes foi o sexto contra medida que prevê abstinência sexual para grupo de doadores

publicidade

O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal pediu destaque do julgamento que analisa a proibição de revistas íntimas na entrada de vistitantes de detentos em presídios. Com isso, o julgamento virtual foi supenso a ação segue físico em nova data ainda a ser marcada. 

A movimentação ocorreu após o ministro André Mendonça mudar o voto pela proibição das revistas íntimas. A mudança de Mendonça derrubou a maioria formada anteriormente pela Corte para declatar inconstitucional a realização das revistas. O R7 apurou que houve um erro de lançamento no sistema de votos da Corte, mas o erro logo foi corrigido. 

Mendonça havia juntado o voto com o relator, ministro Edson Fachin. No voto, Fachin afirmou que afirmou que as provas obtidas a partir de práticas vexatórias, como agachamento e busca em cavidades íntimas, devem ser consideradas ilícitas, por violação à dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais à integridade, à intimidade e à honra.

O ministro, entretanto, disse que a revista pessoal por policiais pode ocorrer apenas após a passagem do visitante por detectores de metal e é uma medida que deve ser utilizada somente quando houver elementos que levantem a suspeita de porte de algo proibido. Fachin foi seguido pelos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Divergência

O ministro Alexandre de Moraes teve um entendimento diferente. Para ele, nem toda revista íntima pode ser automaticamente considerada abusiva, vexatória ou degradante. Segundo Moraes, em casos excepcionais e situações específicas, essa revista, embora invasiva, pode ser realizada. Moraes foi seguido por Dias Toffoli e Nunes Marques. Mendonça, então, também seguiu Moraes. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895