Mendonça muda voto, e STF não tem mais maioria para proibir revista íntima

Mendonça muda voto, e STF não tem mais maioria para proibir revista íntima

O R7 apurou que houve um erro de lançamento no sistema de votos da Corte e que logo foi corrigido

R7

Julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira

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O ministro do Supremo tribunal Federal André Mendonça mudou o voto para proibir revistas íntimas em presídios e, com isso, tirou a maioria formada anteriormente pela Corte para declatar inconstitucional a realização das revistas. O R7 apurou que houve um erro de lançamento no sistema de votos da Corte, mas o erro logo foi corrigido. 

Mendonça havia juntado o voto com o relator, ministro Edson Fachin. No voto, Fachin afirmou que as provas obtidas a partir de práticas vexatórias, como agachamento e busca em cavidades íntimas, devem ser consideradas ilícitas, por violação à dignidade da pessoa humana e aos direitos fundamentais à integridade, à intimidade e à honra.

O ministro, entretanto, disse que a revista pessoal por policiais pode ocorrer apenas após a passagem do visitante por detectores de metal e é uma medida que deve ser utilizada somente quando houver elementos que levantem a suspeita de porte de algo proibido. Fachin foi seguido pelos ministros Roberto Barroso, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Divergência

O ministro Alexandre de Moraes teve um entendimento diferente. Para ele, nem toda revista íntima pode ser automaticamente considerada abusiva, vexatória ou degradante. Segundo Moraes, em casos excepcionais e situações específicas, essa revista, embora invasiva, pode ser realizada. Moraes foi seguido por Dias Toffoli e Nunes Marques. Mendonça, então, também seguiu Moraes. 


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