GSI entrega ao STF investigação interna sobre agentes que atuaram no 8 de Janeiro

GSI entrega ao STF investigação interna sobre agentes que atuaram no 8 de Janeiro

Segundo o GSI, o documento tem 591 páginas. A investigação foi aberta em fevereiro

R7

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado à Presidência da República, entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, cópia integral da investigação interna sobre as condutas e eventuais responsabilidades de servidores do órgão durante os atos extremistas de 8 de janeiro, que levaram à depredação e invasão das sedes dos Três Poderes. Segundo o GSI, o documento tem 591 páginas. A investigação foi aberta em fevereiro, junto a outro processo, que apura danos ao patrimônio (ainda não concluído).

Em abril, Ricardo Cappelli, que atuava como ministro interino do GSI, enviou ao STF dados de servidores que estavam no Palácio do Planalto durante os atos do 8 de Janeiro. Os servidores aparecem em imagens do circuito de segurança divulgadas em abril (veja o vídeo abaixo) e que motivaram o pedido de demissão do então titular do GSI, general Gonçalves Dias, que também aparece na gravação.

A resposta de Cappelli atendeu a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de que, num prazo de 24 horas, fosse informado sobre todos os servidores civis e militares que aparecem nas imagens e quais as providências tomadas. Além do pedido de identificação, Moraes determinou que, em até 48 horas, a Polícia Federal ouvisse o ex-ministro do GSI.

Aviso antes do 8 de Janeiro

Um relatório sigiloso enviado pelo GSI ao Congresso Nacional mostrou que o governo federal havia sido informado de eventuais ataques extremistas em Brasília, em 8 de janeiro. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, disse que identificou a convocação de diversas caravanas em direção à capital federal. No texto, a agência teria informado as intenções desses manifestantes, como a invasão do Congresso Nacional.

O documento foi enviado a órgãos do governo e, depois, em 20 de janeiro, à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI). Ele foi assinado por Gonçalves Dias. O alerta, por sua vez, foi feito pela Abin.


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