"Moro tem a nossa confiança", diz ministro da Defesa

"Moro tem a nossa confiança", diz ministro da Defesa

Fernando Azevedo e Silva disse que Sergio Moro é um homem de respeito e do bem

Agência Brasil

"Preciso me aprofundar nesse fato recente, vamos ver o que realmente aconteceu", disse ministro

publicidade

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta segunda-feira que o ministro Sergio Moro, titular da pasta da Justiça e Segurança Pública, tem a sua confiança.

A declaração foi uma referência à reportagem do site de notícias The Intercept Brasil, divulgada no último domingo, que revelou trechos de mensagens atribuídas a Moro e a membros da força-tarefa da Lava Jato que apontariam para uma suposta "colaboração proibida" entre o então juiz federal e os procuradores. 

• Após vazamento de mensagens, chefe do MP gaúcho defende investigação

"Preciso me aprofundar nesse fato recente, vamos ver o que realmente aconteceu, mas uma coisa eu falo, o ministro Moro tem a total confiança nossa. Ele é um homem de muito respeito e do bem", disse Azevedo e Silva a jornalistas, logo após participar da cerimônia de 20 anos de criação do Ministério da Defesa. 

• Em Manaus, Moro afirma que não orientou trabalhos da Lava Jato

O evento contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, além de ministros e diversas autoridades. O presidente Bolsonaro dedicou parte de seu discurso para enaltecer sua equipe ministerial. "Econtramos uma nação bastante sofrida na questão ética, moral e econômica. Mas, com o time como esse que nós temos, que são gente do povo, muitos abriram mão de coisas particulares para estar entre nós", disse.  

20 anos 

O ministério da Defesa foi criado em 1999 para reforçar a articulação das Forças Armadas e melhorar a relação com as outras áreas do Estado. A pasta reuniu os então ministérios da Marinha e do Exército, criados em 1822, e o da Aeronáutica, criado em 1921. Na cerimônia de hoje, também foi entregue a medalha Ordem do Mérito da Defesa, a um total de 231 personalidades. 

Ao comentar sobre a criação da pasta, Bolsonaro disse ter sido contra a medida por entender, na época, que o objetivo era retirar os militares "das discussões dos grandes temas nacionais", já que, até o governo Temer, apenas civis haviam ocupado a função. 

O presidente disse que faltava alguém na pasta que entendesse do assunto.  "Assim como eu escolhi um ministério técnico, os 22 ministros, entre eles, o da Defesa, nós, que pese alguns altos e baixos durante esses anos todos, carecíamos de alguém que entedesse da questão, que tratasse dos problemas realtivos às Forças Armadas, pelo bem do Brasil, com conhecimento de causa. O presidente anterior deu o primeiro passo, escolhendo para ocupar a Defesa um general do Exército, Silva e Luna. Começou uma mudança ali e reconheço esse trabalho do governo Temer. Nós já tínhamos isso (indicar um militar) como decisão nossa", afirmou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895