Mourão diz não ver condição de mudança na política de preço da Petrobras

Mourão diz não ver condição de mudança na política de preço da Petrobras

Vice-presidente afirmou que alterações não são viáveis devido as importações de combustível

R7

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse não ser possível uma mudança na política de preço da Petrobras. Em conversa com jornalistas na manhã desta segunda-feira, Mourão explicou que as alterações não são viáveis devido as importações de combustível.

"Acho extremamente complicado. Acho que não há condições de fazer isso por uma razão muito simples: nós importamos combustível. E se alguém vai importar combustível por um preço X e vender aqui a Y, que é menor que X, não tem como, essa conta não para em pé", justificou.

A política de preços que a empresa adota para definir o valor de comercialização dos combustíveis no Brasil, a chamada PPI (política de paridade internacional), faz com que o preço da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a do dólar.

O presidente Jair Bolsonaro critica a política e já declarou publicamente que gostaria de uma revisão desse mecanismo. A PPI, inclusive, foi um dos motivos que mais contribuíram para a queda dos ex-presidentes da estatal, como Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna, além de José Mauro Coelho. 

Questionado sobre a redução no preço dos combustíveis ser reflexo da redução do imposto federal, Mourão explicou o posicionamento de governadores na decisão e afirmou que a arrecadação segue alta: "Vários governadores de imediato tomaram as providências no sentido da redução no ICMS, de acordo com o que tinha sido aprovado pelo Congresso. Outros buscaram recorrer, mas também já diminuíram. Como o preço do combustível está lá em cima, acho que a arrecadação não está caindo, muito pelo contrário, todo mundo está arrecadando mais", destacou o vice.

Sobre a inflação, Mourão falou sobre a expectativa de queda nos índices: "Se espera uma redução. O próprio presidente do Banco Central já disse que vai começar a refecer e óbvio que a questão do preço do combustível é um dos indicadores. Também houve redução do ICMS em energia, que é outro item que também tem uma influência muito grande na inflação. Acho que teremos dias um pouco melhores". 


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