O senador gaúcho Paulo Paim vai a Brasília na próxima semana para conversar com o presidente nacional do PT, Edinho Silva, antes de bater o martelo sobre sua candidatura à reeleição. O objetivo é avaliar o cenário nacional do partido, uma vez que o foco da sigla, além de reeleger Lula à presidência da República, é a disputa pelo Senado.
"Eu voltarei para cá com uma posição mais clara sobre qual é o meu papel: se é concorrendo ou viajando pelo Brasil e ajudando. O meu mandato, eu reconheço, é um mandato nacional, não apenas estadual", explicou Paim ao Correio do Povo.
Atualmente, o PT gaúcho vive um impasse. Após o senador anunciar que não seria candidato à reeleição, outros nomes do partido começaram a se movimentar para ocupar a lacuna deixada por ele, e o deputado federal Paulo Pimenta aparecia então como um dos mais cotados. A outra vaga seria reservada para Manuela D'Ávila, que deve ingressar no PSol.
No entanto, um movimento da bases, e de alguns articuladores, ganhou força, pedindo a permanência do parlamentar em Brasília. A mobilização fez com que ele repensasse a decisão e passasse a considerar a reeleição.
Agora, Paim deve definir sua candidatura pouco antes de o PT gaúcho anunciar os nomes que disputarão as eleições. A reunião do partido está marcada para 29 de novembro. A tendência é de que o senador, de fato, concorra à reeleição — assim como Pimenta, na Câmara. O nome mais cotado, no momento, para disputar o Palácio Piratini é o do presidente da Conab, Edegar Pretto.
A expectativa de Paim é reunir o maior número possível de partidos da chamada frente ampla, incluindo siglas como PDT e PSB. “Essa frente ampla, tanto em nível nacional quanto estadual, é fundamental para manter o nosso projeto, que é reeleger o presidente Lula”, finalizou.
Fim da jornada 6x1
Autor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução da jornada de trabalho, Paim projeta que o texto seja aprovado no próximo ano.
Em razão da complexidade das discussões sobre o tema e do pouco tempo útil de trabalho no Senado até o fim do ano, ele não acredita que a pauta avance ainda em 2025, mas mantém expectativas positivas para o ano seguinte. Aposta, inclusive, no peso eleitoral da matéria.