STF vai julgar ação sobre deputado Daniel Silveira no dia 20 de abril

STF vai julgar ação sobre deputado Daniel Silveira no dia 20 de abril

Deputado federal pode se tornar inelegível caso tenha decisão desfavorável entre os ministros

R7

Por causa do processo, o deputado está afastado do cargo

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O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que vai julgar a ação penal sobre o deputado federal Daniel Silveira (União-DF) no próximo dia 20 de abril. Essa era uma demanda do deputado, que disse que só deixará o Congresso quando a ação for julgada. Caso tenha decisão desfavorável, ele pode se tornar inelegível.

Esta é a ação penal (AP) 1.044, protocolada em junho do ano passado, originada a partir de denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da Denúncia). A procuradoria imputa a Silveira a prática de coação no curso do processo e de “incitar a animosidade entre as Forças Armadas e as instituições”.

Descumprindo decisão judicial, Silveira passou a noite na Câmara dos Deputados, em Brasília, para evitar a colocação de uma tornozeleira eletrônica. Ele é alvo de medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Silveira é investigado por suspeita de cometer ataques contra o STF, os ministros e as instituições democráticas.

Atendendo a pedidos da PGR (Procuradoria-Geral da República), Moraes determinou na última semana que Silveira passe a usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada diante de descumprimento de restrições por parte do deputado. O parlamentar também foi proibido de frequentar qualquer evento público e transitar em cidades que não sejam Petrópolis (RJ), onde mora, e Brasília, para trabalhar na Câmara dos Deputados. Ele deixou a prisão em 9 de novembro.

Silveira, por sua vez, afirmou que não iria colocar o equipamento e que, se preciso, vai "morar na Câmara". Ele afirmou que dormiria no plenário da Casa, por entender que o ambiente seria inviolável, mas acabou ficando em seu gabinete. O ministro decidiu que, se preciso, a Polícia Federal deve ir ao prédio da Câmara para colocar a tornozeleira no deputado, que deixou a prisão no dia 9 de novembro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), divulgou uma nota nesta quarta-feira, com um tom mais duro em relação a Silveira, mas frisando a defesa da inviolabilidade da Câmara.

"Decisões judiciais devem ser cumpridas, assim como a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada. Sagrada durante as sessões, ela tem também dimensão simbólica na ordem democrática. Ideal que o STF analisasse logo os pedidos do deputado Daniel Silveira e que a Justiça siga a partir desta decisão - mais ampla da nossa Corte Superior. Condeno o uso midiático das dependências da Câmara, mas sou guardião da sua inviolabilidade. Não vamos cair na armadilha de tensionar o debate para dar palanque aos que buscam holofote", pontuou Lira.


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