Por que a Expointer em 2024 é essencial?
Por Nathã Carvalho, integrante do Conselho Técnico da Federação Brasileira de Criadores de Animais de Raça (Febrac)
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Muito mais que um sinal verde para a economia, a decisão pela manutenção da Expointer, oficializada no dia 14 de junho pelo governador Eduardo Leite, representa um “horizonte iluminado” para os gaúchos. Diante do presente cenário, a maior exposição agropecuária da América Latina ressurge como uma “mola propulsora” para que a engrenagem retome o ritmo mais habitual possível.
Ao oposto da definição de algumas pessoas, antes de ser uma festa, a Expointer é, de fato, uma insubstituível vitrine de negócios. É inegável a magnitude de oportunidades e de geração de renda que um evento do porte dessa exposição pode gerar a todos os segmentos que a compõem (responsáveis pela movimentação de R$ 7,9 bilhões na edição de 2023). Vejamos o exemplo da Agroindústria Familiar: só na edição passada, 372 agroindústrias, de 174 municípios gaúchos, comercializaram R$ 8,1 milhões.
Para muitos, a feira representa o período de maior arrecadação anual para o seu negócio. Por isso, a realização da mostra em 2024 será a oportunidade para iniciar a recuperação de suas propriedades e de suas instalações. Consequentemente, irão atrair novos investimentos para que suas atividades voltem à normalidade.
Considerando as devidas proporções, a reflexão também se aplica às indústrias de máquinas e de implementos agrícolas, aos expositores de animais (produtores e vendedores de genética), às empresas de insumos e produtos agropecuários, aos artesãos (Expoargs) e a setores como o comércio e o automobilístico.
Isso sem considerar os numerosos empregos diretos e indiretos gerados nos setores que comercializam produtos e serviços dentro e fora dos portões do Parque Assis Brasil, (antes, durante e depois da mostra).
A Expointer 2024 não deve ser vista como um desvio de foco. Muito pelo contrário. Não se trata de um redirecionamento de recursos. Toda a canalização de esforços dos envolvidos e o suporte do governo do Estado é um investimento em uma oportunidade visível de retomada e de incentivo à geração de renda para todos.
Evidentemente, as inúmeras ações solidárias já realizadas precisam continuar e ainda poderão ser potencializadas. Por outro lado, fomentar o recomeço, impulsionar ao máximo possível o retorno das atividades comerciais dos gaúchos, também é, sem dúvida, uma forma efetiva de ajudar as pessoas.
Não esqueçamos que o produtor rural possui a nobre e permanente missão de produzir alimento! A população precisa se alimentar e vai continuar se alimentando! O produtor precisa seguir produzindo e, para isso, ele precisa das mais diversas tecnologias. Neste sentido, a Expointer tem a sua função crucial como difusora de conhecimento, de recursos e de tecnologias.
Após edições com restrições em 2020 e em 2021 (Covid-19), parece ser de entendimento da grande maioria dos expositores que é praticamente impossível substituir as amplas possibilidades de interação, a visibilidade e o alcance que um evento presencial é capaz de oferecer e proporcionar.
Por outro lado, está o caráter festivo. As pessoas precisam sorrir, viver novamente bons momentos e que esses sejam carregados de esperança! Nossa cultura e o orgulho de sermos gaúchos, mais uma vez, estará em evidência e esse é (e será) um combustível ainda mais relevante para todos nós neste momento.
Obviamente, devemos buscar entender e respeitar aqueles que não puderem participar ou que optarem por não compor esta edição tão emblemática. Afinal, cada um sabe sobre a própria realidade. Além disso, logicamente, não há obrigação em concordar com a manutenção do evento.
No entanto, é sensível compreender que a realização da exposição compreende um universo muito amplo e que reflete na vida de muita gente. Não obstante, é vital olharmos para frente e ter esperança no futuro! E essa esperança, passa pela 47ª Expointer, de 24 de agosto a 1° de setembro, em Esteio.
Não percamos essa poderosa chance de mostrar nossa capacidade de superação e de ver a Expointer como um “trampolim” para um novo momento. Os desafios pela frente são muitos, mas serão superados pelo empenho e pela união de esforços do governo do Estado, de entidades copromotoras, de parceiros e de expositores.
A realização de uma Expointer exitosa é uma missão de todos nós.
É tempo de reconstrução!