Setor florestal acende alerta para risco de incêndios florestais no verão

Setor florestal acende alerta para risco de incêndios florestais no verão

CMPC inicia movimento de conscientização e prevenção a ocorrências no Estado

Itamar Pelizzaro

Aeronaves, caminhões-pipa e brigadistas compõem estrutura de combate a incêndios da CMPC

publicidade

O início da temporada mais seca do ano coloca o setor de base florestal de prontidão no Rio Grande do Sul. Maior empresa do setor no território gaúcho, a CMPC lançou uma campanha de conscientização para prevenir incêndios e minimizar riscos ao ambiente e à saúde das pessoas. Conforme a Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), 98% das ocorrências de incêndios florestais têm origem em atividades humanas fora das áreas de responsabilidade das companhias.

“Temos dados de empresas associadas de que, por muitas vezes, 90% das ações de controle e combate a incêndios florestais acabam ocorrendo em áreas vizinhas e próximas, de outros produtores, florestais ou não, que não sejam associados da Ageflor”, afirma Daniel Chies, novo presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) e coordenador da Câmara Setorial das Florestas Plantadas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

A CMPC tem 1.041 propriedades em 73 municípios, perfazendo área de 496 mil hectares, com conservação de 210 mil hectares (41% das áreas florestais) de áreas nativas, de preservação permanente e/ou reserva legal, e o restante voltado para o plantio de eucalipto. A campanha lançada pela empresa contempla ações de conscientização com comunidades do interior, para sensibilizar a população e transmitir orientações para evitar o surgimento de focos de incêndio e a propagação das chamas. A empresa conta com estrutura para combater incêndios com aeronaves, caminhões pipa e equipes de brigadistas.

Veja Também

Conforme o presidente da Ageflor, é comum que incêndios tenham origem em áreas próximas das propriedades de empresas florestais e à beira de estradas e rodovias. “Normalmente, as empresas têm uma estrutura de controle, monitoramento e prevenção de incêndios e acabam ficando menos expostas aos focos iniciais de incêndios florestais. Por esse motivo temos esse dado de que em grande parte das vezes as ações de combate a incêndios não se dão dentro das áreas de empresas associadas, mas em áreas próximas, de pequenos e médios produtores”, afirma Chies.

A preocupação com riscos de incêndios mobiliza associados da Ageflor para discutir prevenção, monitoramento, controle e combate a incêndios florestais, promovendo sinergia entre empresas, formas de atuação, equipamentos e infraestrutura. “Ainda estamos longe do ideal, mas já há uma cultura bastante forte em todas as empresas associadas e estão enraizados na atividade florestal os objetivos de monitorar, prevenir, controlar e estar preparados para agir no momento de ocorrência de incêndios”, destaca Chies.

A Ageflor alerta que o fogo é perigoso, pode destruir plantações, provocar perda de biodiversidade, empobrecimento do solo, poluição do ar, maior risco de acidentes em rodovias por ponta da fumaça, risco de morte de pessoas e animais, além de prejuízos econômicos. “Só quem atuou no combate e controle sabe o quanto é difícil, perigoso e desafiador atuar e conseguir controlar incêndios florestais, que normalmente são de grande magnitude e risco”, salienta o presidente da Ageflor.

Fique atento

  • Não queimar lixo.
  • Não jogar lixo próximo às florestas.
  • Não descartar pontas de cigarro próximo à vegetação.
  • Evitar acender fogueiras em áreas verdes.
  • Ter cuidado ao usar equipamentos que geram faíscas.
  • Em rituais religiosos, acender velas em espaços limpos e apagar fogo ao deixar o local.
  • Em caso de focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo fone 193.
  • Para notificar ocorrências em áreas florestais, a Central de Atendimento a Emergências da CMPC tem profissionais 24 horas por dia e atende pelo fone 0800 726-7333.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895