Acompanhamento profissional possibilita conciliação de jejum intermitente com atividade física
Por se tratar de uma dieta restritiva, é essencial que os períodos de jejum sejam intercalados com uma alimentação saudável e planejada por profissionais
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Para quem está buscando uma dieta restritiva, o chamado jejum intermitente tem se tornado uma opção. A dieta consiste em passar longos períodos de tempo sem consumir alimentos, nos quais somente água ou bebidas como chás e café sem açúcar podem ser ingeridos. O objetivo é forçar o corpo a utilizar as reservas de gordura como principal fonte de energia, proporcionando o emagrecimento e a perda de massa.
Com a orientação de um profissional, há diversas formas de realizar a dieta, com variações de tempo de jejum e alimentação. No entanto, a mais comum é a de 16/8, na qual a pessoa permanece sem comer por 16 horas e retorna com a alimentação dentro de uma janela de 8 horas.
Por se tratar de uma dieta restritiva, é essencial que os períodos de jejum sejam intercalados com uma alimentação saudável e planejada por profissionais, como ressalta a professora de nutrição da FADERGS Rochele Boneti “Os resultados do jejum vão depender muito dos hábitos e da alimentação. A dieta deve ser balanceada, com uma quantidade de nutrientes necessários para equilibrar as refeições”, complementa.
Ainda, a nutricionista destaca que o jejum intermitente deve ser avaliado de acordo com cada corpo e pessoa. Em alguns casos, o emagrecimento ocasionado pelo jejum pode vir acompanhado de outros benefícios para a saúde. “Os resultados dependem da conduta do paciente e do(a) nutricionista. Muitos profissionais recomendam o jejum para uma melhoria no metabolismo ou para o controle da glicose no corpo”, explica Rochele.
Em muitos casos, na busca por acelerar o condicionamento físico, o jejum intermitente passa a ser conciliado com a prática de exercícios físicos. Para manter a saúde em dia, é necessário redobrar os cuidados e reforçar a avaliação de um profissional. Além disso, é essencial conhecer o próprio corpo, fazendo testes em jejum, para avaliar sua resistência.
“A recomendação é que sejam realizados exercícios mais leves, inicialmente. Pode começar com uma caminhada ou alguma atividade aeróbica de baixa intensidade’, explica o professor de Educação Física da FADERGS Harrison Moura.
O profissional reforça que, em casos de déficit de nutrientes, a prática de exercícios físicos mais intensos, como musculação, pode ter consequências negativas. “A pessoa pode vir a ter hipoglicemia e até desmaiar. É essencial que a alimentação, mesmo que restrita, garanta o aporte para a realização do exercício, o que contribui para a adaptação do corpo a essa condição”, orienta Moura.
