30 Anos do Mundial: Abraçamos final como nossa vida, relembra Mazaropi
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30 Anos do Mundial: Abraçamos final como nossa vida, relembra Mazaropi

Goleiro do Grêmio na decisão exaltou poder de mobilização da equipe em 83

Luiz Felipe Mello / Correio do Povo

Goleiro do Grêmio na decisão exaltou poder de mobilização da equipe em 83

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Meses depois de conquistar a América diante do Peñarol, o Grêmio se preparava para o maior jogo da sua história. O encontro com o Hamburgo em Tóquio, então agendado para o dia 11 de dezembro de 1983, também significava muito para os jogadores mais experientes do grupo. "A conquista em si representava o ápice da carreira e isto sempre fica vivo na sua memória. Para muitos ali era a única oportunidade de levantar aquela taça. Eu tinha 30 anos, uma idade avançada. Abraçamos aquele jogo como se fosse a nossa própria vida", disse o ex-goleiro Mazaropi em entrevista ao site do Correio do Povo.

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Para o ex-atleta, uma das grandes dificuldades do Grêmio era buscar informações do Hamburgo, campeão da Liga dos Campeões da Europa sobre a Juventus de Michel Platini. "O (Valdir) Espinosa nos passou algumas coisas, mas ainda conhecíamos pouco sobre os alemães, até porque não existiam ainda as facilidades de hoje, que você poderia acompanhar qualquer jogo da Europa. Apesar disso, nós sabíamos que seria uma partida muito pegada, de muita força. Tínhamos a noção de que seria necessário um grande esforço para vencê-los", recordou.

Na década de 80, o calendário do futebol brasileiro era bem diferente dos dias atuais. O Gauchão antecedeu a disputa do Mundial Interclubes e o Grêmio precisou fazer escolhas para realizar a preparação mais adequada antes da viagem para Tóquio. Mazaropi lembrou que o planejamento elaborado por diretoria e comissão técnica foi cumprido à risca, inclusive abrindo mão da disputa pelo Estadual. "A preparação para um jogo daquela natureza tinha de ser diferenciada. A equipe titular jogou o Gauchão somente no Olímpico e depois fomos até Gramado, para uma pré-temporada. Na Serra, o grupo ficou ainda mais unido e nada desviava a nossa atenção", garantiu.

O regime de concentração também foi estendido em solo japonês, onde os jogadores só tiveram um dia de folga. "Passamos a maior parte do tempo no hotel, com concentração e treinamentos. Criamos uma amizade que depois de 30 anos ainda permanece", relatou Mazaropi.



Gol alemão não esmorece Grêmio


O temor do adversário desconhecido foi completamente ignorado pelo Grêmio durante a partida. Jogando bem, o Tricolor saiu na frente com o gol de Renato Portaluppi aos 37 minutos do primeiro tempo. O título se encaminhava para o estádio Olímpico, mas faltando cinco minutos para o término do jogo, Schroder empata a partida e dá banho de água fria no Tricolor. Apesar de ter sofrido o tento, Mazaropi seguia confiante no título, que veio na prorrogação. Ele garante que jamais pensou que a decisão iria para a cobrança de penalidades. "Nós não ficamos abatidos, apesar do gol deles ter saído no fim do tempo normal. Nós entramos em campo com a certeza de que 1983 era o nosso ano. A nossa mobilização era gigantesca e o 2 a 1 foi uma consequência", afirmou.

A chance de ser herói

O protagonista da conquista do Mundial pelo Grêmio em 1983 foi Renato Portaluppi, mas poderia ter sido Mazaropi, notório pegador de pênaltis, caso a prorrogação terminasse 1 a 1. O ex-goleiro garantiu que nunca quis ser o herói do jogo e exaltou o pensamento coletivo da equipe. “Eu nunca me preocupei com isso, em querer me tornar uma estrela. E também nunca senti ressentimento, apenas elogiei o Renato, que é o nosso ídolo. A minha obrigação era tentar defender. Todos contribuíram para aquele título, até porque não tínhamos interesses pessoais. Colocávamos o Grêmio acima de tudo”, disse.

Ouça a narração de Armindo Antônio Ranzolin pela Guaíba



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