30 Anos do Mundial: Desenho de escada foi inspiração para o título
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30 Anos do Mundial: Desenho de escada foi inspiração para o título

Baidek contou como “impôs respeito” ao dar um encontrão em atacante alemão no começo do jogo

Laion Espíndula / Correio do Povo

Zagueiro Baidek impôs respeitos aos alemães

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O desenho de uma escada foi a inspiração dos jogadores para chegar, passo a passo, ao maior título da história do Grêmio. A estratégia foi adotada pelo então técnico Valdir Espinosa. O ex-zagueiro Baidek lembra que todos os dias passava por um quadro negro, que ficava numa das salas do vestiário. Ali estavam representadas as partidas que faltavam ao Tricolor para alcançar o topo do mundo. E detalhe: só a comissão técnica tinha permissão para escrever na lousa.

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“O Espinosa fez uma escada e cada partida era um degrau. Isso desde a Libertadores. Lá no topo estava o título do Mundial Interclubes”, relembrou o ex-jogador e atualmente empresário. Segundo ele, aquilo mexia com o grupo. “Cada dia que passava na sala, via esse desenho. Era uma coisa importante, pois só o técnico podia riscar as partidas vencidas e a gente ia se aproximando da meta.”

A segurança defensiva era a base do Tricolor em 1983. A preocupação principal do time era com a altura dos jogadores alemães do Hamburgo e, por consequência, o cuidado com as jogadas aéreas. Em um dos primeiros lances da decisão contra o Hamburgo, Baidek deixou claro para o atacante adversário que sua vida seria dura na área gremista. Chegou “mais forte” no oponente, para, como disse ele, “colocar respeito”.

“Isso ocorreu logo aos dez minutos. O atacante era um jogador respeitadíssimo do Hamburgo. Ele ia partir para a área, eu tirei a bola e depois dei um encontrão nele. O jogador me deu uma olhada e viu que ali não ia ter moleza”, detalhou.

A preparação para a partida histórica teve praticamente meio ano. Após a conquista da Copa Libertadores, o pensamento do Grêmio foi somente o duelo com o time alemão, que havia superado a Juventus de Michel Platini na disputa europeia. “Após a Libertadores começamos a mentalizar a final. Foi um grande planejamento da comissão técnica. Tivemos uma semana de concentração em Gramado e outra em Tóquio (no Japão). Chegaram jogadores de qualidade e experientes, como o Mário Sérgio, o Paulo César Caju. Foi tudo bem planejado”, analisou.



Desprezo dos alemães e apoio dos japoneses


O desprezo dos alemães do Hamburgo transformou-se em mais um fator de motivação em Tóquio. Por outro lado, os japoneses ficaram a favor dos gaúchos. E a torcida local empurrou a equipe para a vitória por 2 a 1: “Ficamos no mesmo hotel, mas eles (o grupo do Hamburgo) nem olhavam para nós. Achavam que iam ganhar do Grêmio facilmente. Mas em dez minutos conquistamos os torcedores no Japão com o nosso futebol. Sentimos que a torcida estava mais do nosso lado”.

Mesmo emocionado com o aniversário de 30 anos da conquista mundial, o ex-zagueiro fez brincadeiras sobre a chegada ao topo do futebol. Nada humilde, Baidek afirmou que os dois gols do Renato não sairiam se ele estivesse no lado contrário. “O Renato pegou os zagueiros deles e se consagrou, mas contra mim isso não ocorreria. Até hoje brinco com ele: ‘Se fosse o Baidekão, tu não passava’. Por isso, ele ficava no meu lado até nos recreativos.”

Descuido no final da decisão

Mas o gol de empate do Hamburgo no final do segundo tempo não foi engraçado. Apesar da superioridade gremista no duelo, o oponente igualou o escore aos 40 do segundo tempo, com Schröeder. Baidek reconhece que o time se descuidou. “Foi uma jogada que a gente sempre falava, mas aconteceu. Ali houve uma cobrança entre nós, algo natural. Tínhamos que ter esse cuidado fundamental. O time reagiu bem e mostrou a força que tinha na prorrogação”, finalizou.

Ouça a narração de Armindo Antônio Ranzolin pela Guaíba:




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