30 anos do Mundial: Estava confiante que ia decidir, diz Renato
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30 anos do Mundial: Estava confiante que ia decidir, diz Renato

Herói do título afirmou que Grêmio estava preparado para ser campeão

Laion Espíndula / Correio do Povo

Portaluppi enlouqueceu os zagueiros alemães

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O maior título da história do Grêmio foi conquistado graças aos pés de Renato. O camisa 7, também chamado de "homem-gol", deixou a defesa do Hamburgo tonta com sua agressividade no ataque. O ídolo tricolor já pressentia que seria o nome daquela final do Mundial de Clubes, no dia 11 de dezembro de 1983. Mesmo com o gol do empate do time alemão no final do jogo, o ex-atacante não se abateu. Olhou para os colegas e decretou: "Segurem atrás que eu decido na lá frente".

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"Estava com uma confiança muito grande de que ia decidir na frente", comenta. "Assim mesmo, se pegar os lances, vão ver que até na defesa eu acabei ajudando. O grupo estava consciente e preparado para entrar na história do Grêmio", acrescenta.

Mal começou a prorrogação e a revelação gremista naquele ano balançou as redes novamente. Aos três minutos, Tarciso desviou a bola de cabeça, Renato cortou o zagueiro e, de canhota, colocou a bola no canto do goleiro Stein. "O mais importante é que o Grêmio estava muito preparado para aquele título", salienta 30 anos depois.

A preparação do Tricolor foi bastante detalhada pelo então técnico Valdir Espinosa. A partir da vitória sobre o Peñarol na Libertadores, o time dedicou os seis meses seguintes para a final contra o Hamburgo. Os jogos oficiais foram usados como preparativos. E o grupo se fechou no hotel 15 dias antes da partida: uma semana em Gramado e outra em Tóquio.

"Não importava com quem iríamos jogar, sabíamos que ia ser um jogo difícil contra quem fosse. A gente se preparou demais para ser campeão. Tinha um pouco de ansiedade, mas era algo normal num momento como aquele", ressalta o homem-gol.


Experiência e desentendimento


A experiência do meia Mário Sérgio e do atacante Paulo César Caju foi destacada como outro fator importante na vitória em Tóquio. A direção do Grêmio contratou os dois jogadores especialmente para o projeto do Mundial. “Em termos de experiência, a chegada deles foi muito bom. Nosso grupo era formado por muitos jovens e eles eram jogadores de bagagem mundial. Além disso, acrescentaram muita na qualidade.”

Um desentendimento no grupo ocorreu na véspera da partida. Durante um recreativo, Renato cobrou mais empenho do Caju para vencer o adversário. O veterano não gostou, revidou e deixou o campo. À noite, Espinosa chamou todos para uma reunião no hotel e pediu que guardassem energia para a decisão: “Acho que não foi a ponto de prejudicar, foi um pequeno desentendimento com o Caju. Foi fruto da vontade que nós tínhamos de ganhar aquele título”.

A festa pelo título, segundo Renato, ocorreu apenas no hotel. Distante do Brasil e com poucas pessoas conhecidas, a delegação se comportou. “Depois do jogo, fiquei comemorando lá no hotel mesmo. O grupo todo ficou bebendo e comemorando o título junto”, conta.

Ouça a narração de Armindo Antônio Ranzolin pela Guaíba:






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